7 esclarecimentos sobre a medicina nuclear

medicina nuclear

Pela primeira vez na história, o Brasil celebrará o Dia do Médico Nuclear. Instituída em 14 de setembro pela Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), a data marca a fundação da entidade e serve para lembrar a história da especialidade no País e ressaltar a importância de um maior conhecimento e acesso da população à prática.

Ainda pouco conhecida, a medicina nuclear (MN) utiliza quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para visualizar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos em pleno funcionamento. Dessa forma a especialidade pode realizar imagens, diagnósticos e até ser usada como opção de tratamento para doenças crônicas e até oncológicas.

A diretora do serviço especializado da MND Campinas, Elba Etchebehere, explica que ainda existe muito temor por parte da população quando o assunto é radioatividade e os procedimentos dessa especialidade. Para mudar esse cenário, a especialista tira as sete principais dúvidas sobre a medicina nuclear:

– A radioatividade dos procedimentos da MN é perigosa para o organismo?

De maneira alguma. As quantidades de radiação utilizadas tanto para diagnósticos tanto para terapias em medicina nuclear são muito pequenas e utilizam substâncias que são rapidamente eliminadas pelo corpo (meia-vida muito curta).

– Essa radioatividade dos radiofármacos tem a ver com os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima?

Não. No caso de acidentes como esses há a liberação de enormes quantidades de radiação sem controle. Essas sim podem ter efeitos nocivos no organismo. Quando pequenas quantidades são utilizadas de maneira controlada, como na MN, não há dano.

– Alguém que se trata com radiofármacos pode ficar radioativo?

Não. Além da baixa radioatividade presente nestes medicamentos, os radiofármacos não são indicados para serem utilizado com frequência. Esse tipo de tratamento, de maneira geral, é feito em dose única ou com poucas doses, diferente de medicamentos habituais em que é feito uso contínuo.

– Como o médico toma a decisão de inserir a medicina nuclear como terapêutica ou diagnóstico?

Essa decisão é tomada sobretudo levando em consideração os procedimentos minimamente invasivos, capazes de preservar a saúde do paciente e evitar intervenções desnecessárias.

– Os radiofármacos podem ser utilizados com outros medicamentos?

Sim. Dependendo do tratamento, os radiofármacos são usados muitas vezes em concomitância com outros tratamentos (terapia alvo).

– Qual o diferencial da medicina nuclear no campo do diagnóstico?

Pode-se dizer que é a capacidade de diagnósticos funcionais. A tecnologia empregada pela especialidade permite a visualização de tecidos e órgãos em pleno funcionamento. Dentre os exames disponíveis estão análises do funcionamento do coração, cérebro, tireoide, rins, fígado e pulmões, além da avaliação de doenças nos ossos e o diagnóstico de tumores nos principais órgãos do corpo.

– Qual o caminho deve-se fazer (nos sistemas privado e público) para chegar até o médico nuclear?

O principal caminho é buscar no sistema de saúde médicos que são a porta de entrada, principalmente os de especialidades clínicas. Estes especialistas clínicos encaminham o paciente até o médico nuclear para a realização dos exames e tratamentos.

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