Na lista dos dez brasileiros mais procurados pela Polícia Federal, Gilmar José Baseggio foi preso nesta quinta-feira na Bolívia e será devolvido ao país. O ministro de Governo da Bolívia, Carlos Romero, revelou a prisão de Gilmar a jornalistas na cidade de Santa Cruz de la Sierra, onde ele foi preso.
Romero recordou o histórico de crimes do brasileiro antes de cruzar a fronteira. Em 1999, Gilmar, também conhecido como “Tchoco”, matou o policial federal Roberto Simões de Mentzinger e feriu outros dois agentes durante operação para conter o tráfico internacional de drogas em Pimenteiras do Oeste, no estado de Rondônia.
Os traficantes montaram uma emboscada para Simões e os outros dois policiais que investigavam uma quadrilha que enviaria cocaína da Bolívia para São Paulo. Eles foram atraídos por um dos comparsas de Gilmar a uma chácara, onde havia outros dez bandidos.
Simões foi morto às margens do Rio Guaporé. Após ser ferido pelos traficantes, ele caiu no rio e seu corpo só foi encontrado dois dias depois pelas equipes enviadas para resgatá-lo.
Em 2002, Gilmar chegou a ser preso, foi condenado a 37 anos de prisão, mas fugiu do Presídio Urso Branco, em Porto Velho.
O traficante fez várias cirurgias para mudar sua fisionomia e não ser reconhecido, mas foi identificado pelas impressões digitais pouco depois de ser detido graças à colaboração da Polícia Boliviana com as autoridades do Brasil.
Segundo o ministro, “Tchoco” será entregue ao Brasil pela Interpol. Como a entrada do traficante na Bolívia foi irregular, o procedimento de devolução é mais rápido que a extradição.
Além disso, o ministro destacou a importância do Centro Regional de Inteligência Antinarcóticos da Bolívia, já que havia contra Gilmar uma ordem internacional de captura por tráfico de drogas e associação criminosa, além da condenação por homicídio.
*Com informações da Agência EFE.