“A classe cultural em Feira de Santana está passando fome”, alerta dirigente

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“Mais de 5.500 pessoas pertencentes à classe cultural e artística de Feira de Santana estão passando fome”. A declaração foi de Edilson José Santos, conhecido como Billy Som, presidente da Associação dos Músicos de Feira de Santana, durante o Programa Jornal TransBrasil, na rádio TransBrasil, nesta sexta (30).

“Acompanhamos em tempo integral a vida dos profissionais da cultura e o sofrimento deles. Muitas famílias estão passando fome, mais precisamente 5.564 pessoas que precisam ser assistidas, dependem do setor cultural e de eventos para sobreviver. Essas pessoas estão sem perspectiva alguma, sem esperança de retornar ao trabalho, e agora em maio completa um ano e cinco meses que o setor cultural não consegue trabalhar. É indigno para qualquer ser humano viver nestas condições”, disse.

De acordo com Billy Som, aqueles que acompanham a vida da cidade, os acontecimentos dos últimos 20 anos, notam que a cultura de Feira está morrendo. “Tenho feito algumas pesquisas e comprovado que a cultura passa por um momento muito difícil. E essa pandemia veio para assolar, destruir a humanidade. Mas, felizmente, existem pessoas que se preocupam umas com as outras.

“Existe uma calamidade pública no setor cultural. Qual é a categoria que vai conseguir viver durante um ano e cinco meses sem recursos financeiros e sem perspectiva de trabalho?”, questiona.
“Há condições de criarmos na Câmara Municipal uma lei que permita o músico receber um auxílio. A classe precisa ser assistida com trabalho ou apoio financeiro. Em Salvador foi criado o Auxílio Cultural. Por que não em Feira”, sugere.
A nossa entidade recebeu 50 cestas básicas, com 15 itens. Temos mais de 600 pessoas assistidas. Mas dura pouco. Precisamos pagar contas, boletos. Tem músico vendendo instrumento para pagar suas contas”, salienta.

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