Ação da Sucom acaba em pancadaria na Ladeira da Preguiça

Moradores se revoltaram contra a demolição de um muro. Foto: Antonello Veneri.
Moradores se revoltaram contra a demolição de um muro. Foto: Antonello Veneri.
Moradores se revoltaram contra a demolição de um muro. Foto: Antonello Veneri.
Moradores se revoltaram contra a demolição de um muro. Foto: Antonello Veneri.

Uma intervenção da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), em conjunto com a Guarda Municipal (GM) de Salvador, na Ladeira da Preguiça (no bairro 2 de Julho), acabou em agressão entre moradores e agentes na tarde desta sexta-feira (2). Em nota, a prefeitura informou que fiscais da Sucom foram ao local para demolir um muro erguido em área de propriedade da Santa Casa de Misericórdia. A estrutura não tinha autorização da Sucom e o seu responsável havia sido notificado.

Ainda conforme a prefeitura, o tumulto começou após um morador identificado como Marcelo Teles, inconformado com a demolição, ter dado um soco no rosto de um fiscal da Sucom. Os moradores, por sua vez, relataram que os agentes da GM chegaram jogando gás de pimenta neles. “Marcelo ficou, sim, alterado. Mas ele já estava rendido e os guardas não paravam de bater nele. Deram, inclusive, vários chutes na cabeça, com ele algemado no chão. E é claro que ninguém aqui ia ver aquela cena e ficar parado. Fomos pra cima deles (GM)”, conta a moradora Cláudia Rena, de 37 anos, ao jornal A Tarde.

O adolescente Kaio Henrique, de 13 anos, relata que foi espancado pelos guardas. “Um bando de covardes. Precisava mais de 50 homens para bater em um? Vendo isso, não pensei, fui defender meu amigo. Levei vários golpes de cassetete”, diz. Todos foram encaminhados para serem atendidos na UPA dos Barris.

O responsável pelo muro, Gumercindo Vieira Santos, 73, reconheceu a irregularidade do muro. Porém, questionou uma construção ao lado, nos mesmos moldes, mas de propriedade do ex-jogador e técnico Toninho Cerezo. “Por que não demoliram o de Toninho, também?”, declara. A prefeitura, por sua vez, informou que a lei só prevê a demolição de obras iniciadas sem a devida licença. Após a saída dos agentes da GM, os moradores, revoltados, derrubaram o muro. A equipe de reportagem do A Tarde tentou contato com Cerezo, mas sem sucesso.

Com informações do site do jornal A Tarde.

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