Alunos da UFBA fazem prova em salão de festa de prédio

Prova foi aplicada no prédio onde professor mora, em Salvador. (Foto: Reprodução/Facebook)
Prova foi aplicada no prédio onde professor mora, em Salvador. (Foto: Reprodução/Facebook)
Prova foi aplicada no prédio onde professor mora, em Salvador. (Foto: Reprodução/Facebook)
Prova foi aplicada no prédio onde professor mora, em Salvador. (Foto: Reprodução/Facebook)

Estudantes do quarto semestre de cursos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) fizeram a última prova de 2016 no salão de festas do prédio onde mora um professor, após o anúncio da greve dos servidores técnicos administrativos, iniciada na última segunda-feira (24) em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece um teto para os gastos públicos nas próximas duas décadas. A ideia de levar os alunos para o próprio prédio onde reside, no bairro Jardim Apipema, foi do professor do Instituto de Física da UFBA Gildemar Carneiro, que disse ter imaginado que a paralisação fecharia as salas de aula – o que não ocorreu. Segundo ele, a prova foi aplicada no salão de festas, para 60 alunos – 28 no período da manhã e 32 no período da tarde. Os estudantes são de cursos como Engenharia, Física, Química e Geologia. O professor fez um post em seu perfil no Facebook para falar sobre a aplicação da prova.

O docente, que leciona na instituição de ensino desde 1994, afirma que é a favor da greve dos servidores, por também ser contra a PEC, mas diz que procurou evitar que os estudantes fossem prejudicados com a paralisação que, conforme os servidores, é por tempo indeterminado, enquanto ocorrer a tramitação da PEC 241 na Câmara dos
Servidores da UFBA entram em greve e fecham portões contra PEC 241.

Sobre a paralisação dos servidores, o professor afirmou ser relevante. “Acho que a greve dos funcionários é muito relevante, visto que a PEC 241 é um golpe na educação e na saúde do sofrido povo brasileiro. O problema é começar a greve justamente no último dia do semestre. As greves sempre prejudicam os alunos, pois o objetivo da greve é pressionar por meio de prejuízos na produção. Nossa produção é o conhecimento dos alunos. Só driblei a greve porque o prejuízo seria desproporcional”, destacou.

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