Aos 97 anos, morre no Rio a sambista Dona Ivone Lara

Dona Ivone Lara. Foto: Portal Brasil.
Dona Ivone Lara. Foto: Portal Brasil.
Dona Ivone Lara. Foto: Portal Brasil.

A cantora e compositora de grandes sucessos do samba, Dona Ivone Lara, morreu aos 97 anos, no Rio de Janeiro, na noite dessa segunda-feira (16). A artista estava internada desde a última sexta-feira (13) no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) da Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon, com um quadro de anemia.

O corpo da sambista vai ser velado na manhã desta terça-feira (17) na quadra da Império Serrano, sua escola de samba do coração, em Madureira, na zona norte da cidade. O sepultamento está marcado para a tarde, no cemitério de Inhaúma.

A Portela, outra escola tradicional de Madureira, divulgou nota chamando Dona Ivone Lara de “patrimônio do Império, da Portela e da cultura brasileira”. Considerada um dos maiores nomes da música popular nacional em todos os tempos, a artista sempre foi muito ligada também aos compositores da Portela. Ele era grande amiga de Candeia, Monarco e Paulinho da Viola, por exemplo.

O sambista Dudu Nobre usou o seu perfil no Facebook para homenagear a sambista: “Obrigado por tudo Dona Ivone Lara. As bênçãos, os ensinamentos, as conversas, os sambas, a poesia. Descanse em paz, Grande Dama do Samba”.

Trajetória

Nascida em 13 de abril de 1921, no Rio de Janeiro, Dona Ivone Lara compôs seu primeiro samba aos 12 anos, “Tiê, tiê”, depois de ganhar de seus primos um pássaro da espécie tiê. Aprendeu a tocar cavaquinho com o tio Dionísio Bento da Silva, que tocava violão de sete cordas e integrava o grupo de chorões que reunia Pixinguinha e Donga.

Sua primeira escola de samba foi a Prazer da Serrinha, que começou a frequentar em 1945 e para qual compunha sambas que eram assinados pelo seu primo Fuleiro, devido ao preconceito contra as mulheres que existia nas agremiações naquela época. Enfermeira e assistente social, ela trabalhou com pacientes que tinham doenças mentais.

Dona Ivone Lara Ingressou na Império Serrano em 1965 e gravou seu primeiro disco, “Samba minha verdade, samba minha raiz”, em 1974. Ao se aposentar da área da saúde em 1977, ela passou a se dedicar integralmente à música. Entre suas composições mais conhecidas estão “Sonho meu” e “Acreditar”, ambas em parceria com Délcio Carvalho.

Com informações da Agência Brasil.

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