Após post sobre maconha, deputada Ana Campagnolo exclui conta no Twitter

(foto: Reprodução/Instagram )
(foto: Reprodução/Instagram )

A deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC) virou, mais uma vez, alvo de polêmicas nas redes sociais. Internautas resgataram tuítes antigos em que a deputada falava sobre fumar maconha. Pouco depois da repercussão, o perfil de Ana no Twitter foi excluído.

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Em uma das antigas mensagens, a deputada teria dito que precisava de “alguma (c)ois(a) para co(n)seguir estud(ar) (b)em rap(i)dinho esses artigo(s)”. As letras em destaque formam a palavra “canabis”. O post é de 2012.

No mesmo ano, Ana teria dito que queria ter muito dinheiro, mas que “não queria trabalhar muito”. Nesta segunda-feira, (8/4), o youtuber Cauê Moura trouxe esses tuítes da deputada à tona. Em outra mensagem igualmente antiga, a deputada teria escrito: “que eu farei nessa primeira semana de férias, sozinha em casa? Tomar Fluoxetina ou Cannabis”. Em resposta, o youtuber teria respondido à pergunta com “pode ser cannabis deputada, mas com responsabilidade”. O presidente do PSol em Florianópolis, Leonel Camasão, também compartilhou a série de mensagens supostamente publicadas por Ana em seu perfil pessoal no Twitter.

 

Como o perfil de Ana Campagnolo foi deletado, internautas pediram explicações nas páginas do Facebook e do Instagram dela, uma vez que, hoje, a deputada é do partido do presidente Jair Bolsonaro, conhecido por ter componentes que corroboram com a ideologia da sigla, declaradamente conservadora.

Pelo Facebook, a deputada disse que a foto de 2017 em que aparece “fumando”, na verdade, não era maconha e sim narguilé de chicletes.  “(Estão) dizendo que o quadro de Tolstoi é do Lênin e me chamando de ‘maconheira’ por causa de tuítes de 2012 ironizando manés que se drogam na faculdade'”, escreveu na publicação da rede social. “Tivemos que desativar o tuíter, por ora, de tanto maconheiro comemorando equivocadamente e me marcando. Brinquem à vontade, mas não esqueçam que eu fiz Proerd”, completou.

Desde que assumiu como deputada estadual, Ana Campagnolo protagonizou uma série de polêmicas. Em outubro de 2018, a deputada abriu um canal informal de denúncias na internet para fiscalizar professores em sala de aula, e pediu que alunos gravassem, com seus celulares, vídeos dos professores que fizessem manifestações político-partidárias em sala de aula.

Em fevereiro deste ano, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar que desautorizava a deputada a manter na página do Facebook a mensagem que estimulava estudantes a gravarem os professores em sala.

Recentemente, após ser questionada por um jornalista sobre cobranças e diárias da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Campagnolo afirmou que “jornalistas são canalhas”, e disse que se questionava se profissionais da imprensa “têm problemas cognitivos”. A fala foi repudiada por setores da imprensa. Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina (SJSC) disseram que “tal episódio constitui-se num fragoroso ato de cerceamento ao livre exercício da profissão além de flagrante tentativa de intimidação contra o jornalista”.

Informações do Correio Brasiliense

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