Bahia celebra hoje 194 anos de independência

Cabocla e o Caboclo, símbolos do 2 de Julho. Fotos: Arquivo/Bocão News.
Cabocla e o Caboclo, símbolos do 2 de Julho. Fotos: Arquivo/Bocão News.
Cabocla e o Caboclo, símbolos do 2 de Julho. Fotos: Arquivo/Bocão News.

A Bahia é um dos estados brasileiros mais diversos nos mais variados aspectos. Quem conhece seu território se encanta por suas belezas naturais, com destaques para a Chapada Diamantina e o litoral. A cultura e culinária baianas também têm seu espaço nos cenários brasileiro e mundial. Na literatura, os baianos têm Jorge Amado; na música, Caetano Veloso; na gastronomia, a cozinheira Dadá; dentre tantos outros nomes de tantas outras áreas de atuação que podem ser citados. Sua população é resultado de uma mistura, seja na sua cor de pele ou origem, uma vez que existem muitos estrangeiros que se renderam aos encantos da Bahia e se mudaram para cá, tornando-se baianos de coração.

Para a Bahia se tornar o que se conhece hoje, sem dúvidas sua independência foi de total importância, além de ser um divisor de águas na história do Brasil. Dom Pedro declarou o território brasileiro independente de Portugal em 7 de setembro de 1822, mas os lusitanos continuaram instalados na região de Salvador, potencializando os conflitos com o país europeu. Devido à chegada de mais tropas portuguesas em terras soteropolitanas, no começo de 1823, os soldados brasileiros recuaram para o Recôncavo Baiano, onde havia milícias na luta pela libertação do Brasil. Nesse momento, a população nativa uniu forças, fortaleceu o Exército Brasileiro e marchou rumo a aquela que foi a primeira capital do país. Em 2 de julho de 1823 as tropas nacionais expulsaram os portugueses e tornaram o território brasileiro soberano de fato.

Na conquista das independências, merece destaque a heroína feirense Maria Quitéria de Jesus Medeiros, que, travestida de homem, entrou para o Batalhão dos Periquitos, em Cachoeira, com o nome de Medeiros. Logo a real identidade da jovem foi revelada, mas os superiores do Exército permitiram a permanência dessa guerreira nas tropas por ela ter disciplina militar e habilidade com armas. Devido ao seu ato de coragem e civilidade, Maria Quitéria recebeu a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, concedida por Dom Pedro I. Marco nas independências da Bahia e, consequentemente, do Brasil, conquistadas com a participação audaciosa do Exército Baiano, o 2 de Julho foi incluído pela Presidência da República no calendário de datas nacionais em 2013.

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