Baianos e turistas reclamam dos preços altos nas praias

Foto: Romildo de Jesus
Foto: Romildo de Jesus
Foto: Romildo de Jesus

Com o calor forte do verão de Salvador, uma boa pedida é mergulhar nas praias da cidade. Mas os preços altos cobrados por ambulantes na faixa de areia têm desanimado muitos baianos e também turistas, que não entendem por qual motivo o valor de alguns produtos chega a ser 150% mais caro do que no calçadão, por exemplo. É o caso do Porto da Barra, considerada a praia mais cara da capital baiana.

Os amigos Carlos Augusto Suarez (57) e Cristovão Oliveira (58) foram ao local tomar um banho de mar na manhã de ontem. Mas o bate-papo, acompanhado da velha cervejinha só aconteceu na balaustrada do Porto, isso porque o latão vendido na areia estava custando R$7, enquanto nos bares próximos ao calçadão a bebida saia por R$2,50, valor 150% mais barato. “É um assalto à mão livre”, reclamou Cristovão.

Cristovão lembra que há alguns anos os ambulantes justificam os preços mais altos devido ao transporte das bebidas para a praia e compra de gelo, vendido por caminhões que paravam na orla. Porém, hoje em dia boa parte dos vendedores pega o próprio gelo em depósitos próximos ao calçadão e armazena os produtos em galpões das redondezas, o que deveria contribuir com a queda dos valores.

Quando Carlos Augusto vai para esta praia com a família, a estratégia é levar um cooler abastecido com bebidas. “Se não for assim, em uma hora já teremos consumido R$70. Não tem condições”, afirmou o músico.

Pela primeira vez em Salvador, a turista goiana Giovana França (29) resolver conhecer logo no seu primeiro tour pela cidade a famosa enseada de águas calmas do Porto da Barra. Ela se disse assustada com o valor da água de coco (R$6), mas, apesar disso, afirmou que pagaria até mais, levando em consideração a beleza e o clima do lugar.

“Como eu não tomo bebida alcoólica, a conta não ficará tão cara para mim. Serão no máximo dois cocos e acarajé, que estou louca para experimentar”, revelou a bancária.

Esse famoso quitute baiano pode ser encontrado no Porto a partir de R$12 a porção com 10 bolinhos e camarão. Para tomar água mineral e refrigerante é preciso desembolsar R$3 e R$4, respectivamente. Outra cobrança da qual os banhistas reclamam é a do aluguel de cadeiras ( R$5) e sombreiro (R$10).

“A prefeitura limita a quantidade de cadeiras na areia, mas eles (os barraqueiros) tomam toda a parte boa .O espaço que sobra para o banhista que traz seu kit de casa é perto das pedras ou próximo às escadas”, completou o baiano Carlos Augusto.

Fonte: Com informações da Tribuna da Bahia

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