Baianos pagarão até R$ 0,20 a mais pelo litro da gasolina

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O aumento nos preços da gasolina (6%) e do diesel (4%) nas refinarias, anunciado pela Petrobras na quarta-feira (29), deve ser repassado integralmente para os consumidores. A estimativa do setor é de que, acrescido dos impostos federais (Cide e PIS/Cofins) e estaduais (ICMS), a alta na bombas chegue a até R$ 0,20 para a gasolina e R$ 0,15, para o diesel.

Esse é o segundo acréscimo realizado pela estatal em menos de um ano. O anterior foi em novembro de 2014. Em janeiro deste ano, novamente os preços desses combustíveis aumentaram, mas devido à elevação da tributação incidente sobre eles. Problemas de caixa da Petrobras e a defasagem dos valores desses dois combustíveis em comparação ao mercado externo foram motivações para o reajuste dessa vez.

Em Salvador, os preços ainda não haviam sido reajustados, na tarde desta quinta-feira (30). Pelo contrário, muitos postos vendiam gasolina abaixo da média praticada na semana passada, de R$ 3,55. O jornal A Tarde conferiu os valores em 18 postos na capital baiana e a média verificada, para o litro da gasolina, foi de R$ 3,39, com uma variação de R$ 3,09 a R$ 3,80.

No posto Menor Preço, da Av. Bonocô, a fila de carros chegava quase à pista. O motivo foi a promoção do litro da gasolina, comercializado a R$ 3,54 há poucos dias, por R$ 3,09. Conforme o presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis da Bahia (Sindicombustíveis-BA), José Augusto Costa, é normal que a maioria dos postos ainda esteja com os preços antigos. “Isso vai depender muito da compra de cada empresário”, pontua o sindicalista.

As promoções realizadas nesta quinta, de acordo com o presidente do Sindicombustíveis, são reflexos da queda do consumo da gasolina, de 6,6%, na Bahia, no acumulado deste ano até o mês de agosto. Costa acredita que a elevação dos preços desses combustíveis, no estado, deve acompanhar o reajuste no país. “A diferença dos impostos estaduais não é tão significativa”, revela.

Frete

Já a variação verificada no preço do diesel foi menor, entre R$ 2,88 e R$ 3,15. No entanto, o valor do litro já se encontrava mais alto que a média de R$ 2,79 praticada antes do reajuste. “A margem do diesel é bem estreita. Tem que aumentá-lo obrigatoriamente”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Bahia (Setceb), Antônio Siqueira.

O sindicato, que representa as 120 maiores companhias desse ramo, estima que o aumento da Petrobrás deverá ter um impacto de 1,27% no valor do frete. “Está difícil repassá-lo. O momento da economia não está bom, há um baixo volume de negócios e vamos ter que repassar um percentual menor aos nossos clientes. A cadeia toda vai ter que assimilar esse custo”, conclui Siqueira.

Com informações do site do jornal A Tarde.

Imagem de capa extraída do site Hrm Logística WordPress.

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