Fim de semana de sol é época de reunir os amigos e a família para aproveitar a praia e tomar aquele banho de mar refrescante. Apesar deste inverno com ‘cara’ de verão, os banhistas devem ficar atentos aos perigos do mar e, principalmente, à diminuição do número de salva-vidas na orla da capital baiana. Os profissionais, que estão em greve desde segunda-feira, 6, juntamente a outros servidores municipais, reivindicam, além do reajuste salarial, a contratação de novos salva-vidas e a concessão de aposentadoria especial para os trabalhadores com problemas de saúde.
Segundo Pedro Barretto, diretor da Associação Baiana de Salvamento Aquático (Abasa) e do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), apenas 30% dos trabalhadores estão na ativa durante a greve, conforme determina a lei. “Por mais que a prefeitura não nos considere um serviço essencial, o que nós achamos um absurdo, estamos mantendo os postos em respeito à população. A capacidade total é de 36 postos mas, agora, estamos com 12. São quatro trechos, entre as praias de Jardim de Alah e Ipitanga, que contam com três postos cada”, explica.
A atuação dos salva-vidas vinculados à Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar) ocorre somente entre o Jardim de Alah e Ipitanga, na divisa com o município de Lauro de Freitas, com a atuação de 200 salva-vidas, segundo a Salvamar. Já a conta do Sindseps fecha em 240 profissionais, divididos em duas turmas. Entretanto, segundo o sindicalista, o número ainda é insuficiente.
“A gente tem um quadro deficitário e, nos últimos quatro anos, vem buscando sensibilizar a prefeitura sobre o concurso para salva-vidas, que não acontece desde 2008. Além disto, alguns profissionais têm direito à aposentadoria especial, incluindo pessoas com câncer de pele, e a prefeitura nega. Alguns destes salva-vidas continuam trabalhando e os mais novos estão sobrecarregados, cuidando de uma área muito extensa”, enfatiza Barretto.
Postos dos Bombeiros
Apesar do Salvamar operar em apenas um trecho da orla de Salvador, as outras regiões contam com a atuação do Corpo de Bombeiros. Segundo o órgão, 78 agentes do 13º Grupamento de Bombeiros Militar/Gmar atendem a população entre as praias de Amaralina e São Thomé de Paripe, distribuídos em cinco pontos fixos (Porto e Farol da Barra, Ondina, Rio Vermelho e Boa Viagem), além de Itapuã, onde está localizado o quartel do Gmar.
Além disto, também há postos volantes, que são instalados em outras áreas a depender da demanda de banhistas ou em caso de eventos. “O tipo de praia e o perfil de público direcionam a colocação dos postos. Na região do Subúrbio Ferroviário, por exemplo, temos um menor risco de incidentes porque o público já conhece aquelas águas e, historicamente, temos poucas ocorrências naquele local”, explica o subcomandante do Gmar, capitão Luciano Alves.