Bebê nasce depois de quase quatro meses da morte cerebral da mãe

Mãe teve morte cerebral em fevereiro, quando gravidez tinha chega a 17º semana, e foi mantida viva por aparelhos até o bebê completar a 32º (Foto: Reprodução / Tv Globo)
Mãe teve morte cerebral em fevereiro, quando gravidez tinha chega a 17º semana, e foi mantida viva por aparelhos até o bebê completar a 32º (Foto: Reprodução / Tv Globo)
Mãe teve morte cerebral em fevereiro, quando gravidez tinha chega a 17º semana, e foi mantida viva por aparelhos até o bebê completar a 32º (Foto: Reprodução / Tv Globo)
Mãe teve morte cerebral em fevereiro, quando gravidez tinha chega a 17º semana, e foi mantida viva por aparelhos até o bebê completar a 32º (Foto: Reprodução / Tv Globo)

Assim que o bebê de S. nasceu, na última terça-feira (19), os aparelhos que a mantinham Sandra, sua mãe, viva foram desligados. A mãe teve morte cerebral decretada em 20 de fevereiro deste ano, quando ela estava na 17º semana de gestação, mas foi mantida viva de forma artificial com autorização dos familiares, que tinham esperança de que o bebê conseguisse sobreviver. O caso ocorreu no Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) e é considerado inédito em Portugal.

Sandra morava em um pequeno apartamento na periferia de Lisboa. Trabalhava em um restaurante, quando ficou grávida contou para o patrão e pra todo mundo. Um dia depois de falar com a irmã, de dizer que o exame mostrou que estava tudo bem com o neném, e que tinha escolhido dar o nome de Lourenço para o menino, ela passou muito mal. Uma ambulância a trouxe para o hospital. No caminho ela teve duas paradas cardíacas. E foi levada para Lisboa, para um hospital especializado em casos críticos. A morte cerebral de Sandra foi constatada, mas nessa hora houve uma surpresa: o neném parecia recuperado da crise. Sandra, a mãe, estava tecnicamente morta, mas o filho se agarrava à vida, com 17 semanas. Se deparando com uma situação tão inusitada, a direção do hospital decidiu tomar para si a responsabilidade de tentar fazer todo o possível para que o neném pudesse continuar a crescer e tivesse uma chance de nascer.

Logo a seguir ao nascimento do bebé, as máquinas que mantinham as funções vitais da mãe de forma artificial foram desligadas. “A família está perante emoções contraditórias: há alguém que nasce e alguém que tem de levar a enterrar”, resumiu a presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), Ana Escoval. Tratava-se do primeiro filho deste casal, um segundo relacionamento, e o segundo filho desta mulher de 37 anos.

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