Bethânia recebe o título honoris causa da Ufba

Os reitores Sílvio Soglia, da UFRB, e João Salles, da Ufba, e o secretário da Cultura do estado, Jorge Portugal, estavam à mesa da cerimônia. Foto: Mila Cordeiro.
Os reitores Sílvio Soglia, da UFRB, e João Salles, da Ufba, e o secretário da Cultura do estado, Jorge Portugal, estavam à mesa da cerimônia. Foto: Mila Cordeiro.
Os reitores Sílvio Soglia, da UFRB, e João Salles, da Ufba, e o secretário da Cultura do estado, Jorge Portugal, estavam à mesa da cerimônia. Foto: Mila Cordeiro.

O Palácio da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi palco de homenagens à cantora Maria Bethânia, onde fãs prestigiaram a entrega do título de doutora honoris causa à artista santo-amarense, na tarde desta sexta-feira (9). Membros da comunidade acadêmica e apaixonados pela intérprete aproveitaram a cerimônia solene para louvar os seus 50 anos de carreira e a relação da artista com teatro, literatura, música, dança e artes plásticas.

Declamação de poesias, apresentações musicais e cênicas, além de discursos de diretores da universidade, marcaram a tarde de homenagens. O filósofo e reitor da Ufba, João Carlos Salles, defendeu que a entrega do título à cantora é um reconhecimento às contribuições dela à cultura. “Qualquer pessoa que conhece a cultura e o Tropicalismo vai entender a relação entre Bethânia e a Ufba. São características das duas a criatividade e a força”, afirma Salles.

Representante do governador Rui Costa no evento, o secretário da Cultura, Jorge Portugal, afirmou que a titulação dada à santo-amarense “é um reconhecimento da Ufba a uma carreira de 50 anos sempre vitoriosa”. “E pensar que, nesse tempo, ela foi uma universidade para todos nós”, comenta o também santo-amarense Portugal, que, além de professor, é músico e poeta.

Maricotinha

Maria Bethânia, que durante quase duas horas foi aplaudida diversas vezes pelo público discreto que foi ao Palácio da Reitoria, falou no microfone já ao final da cerimônia, agradecendo a honraria recebida.

“Logo eu, dona Maricotinha, uma doutora”, brincou a cantora, prontamente ovacionada pela plateia. “Estou muito feliz, pois esse é o palco mais diferente que já pisei, para receber o aplauso mais caloroso e inesperado da minha vida, que muito me comove e enaltece”, afirma. “É daqui que poderá nascer o Brasil que queremos: educado e, portanto, livre”, diz ela.

A intérprete do Recôncavo baiano ainda foi muito aplaudida ao defender “uma educação pública de qualidade” para o país e ao cantar versos da canção Yá Yá Massemba, de Roberto Mendes, eternizada na voz dela. “Vou aprender a ler/ pra ensinar os meus camaradas”, entoou a menina dos olhos de Oyá, já oficialmente doutora, para encerrar o discurso de agradecimento.

Do portal A Tarde.

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