Após uma brincadeira de cunho sexual, o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 20 mil a jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello. De acordo com a decisão da juíza Inah de Lemos e Silva Machado, da 19° Vara Civil de São Paulo, no dia 16 de março, além do valor já estabelecido, Bolsonaro também deverá custear os honorários advocatícios de 10% do processo.
Segundo a magistrada, a condenação foi aplicada por entender que o presidente “a honra da autora, causando-lhe dano moral, devendo, portanto, ser responsabilizado”, e “a utilização no sentido dúbio da palavra ‘furo’ em relação à autora repercutiu tanto na mídia como também nas redes sociais, expondo a autora”. A decisão cabe recurso.
A piada feita pelo presidente, que motivou o caso, aconteceu no dia 18 de fevereiro de 2020. Em entrevista no Palácio da Alvorada, Bolsonaro cometou sobre o depoimento de Hans River, ex-funcionário de uma empresa que realizava envio de mensagens em massa via aplicativo de Whatsapp.
“Ela (repórter) queria um furo. Ela queria dar o furo (risos dele e dos demais)”, disse o presidente, em entrevista diante de um grupo de simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada, na ocasião. Após uma pausa durante os risos, Bolsonaro concluiu: “a qualquer preço contra mim”. A palavra “furo” é um termo jornalístico usado para se referir a uma informação exclusiva
