Câmara de Senhor do Bonfim aprova projeto que torna guerra de espadas patrimônio cultural

Apesar de perigosa, a tradição é mantida pelas famílias da cidade. Foto: f7noticias.com.br.
Apesar de perigosa, a tradição é mantida pelas famílias da cidade. Foto: f7noticias.com.br.
Apesar de perigosa, a tradição é mantida pelas famílias da cidade. Foto: f7noticias.com.br.

A câmara de vereadores de Senhor do Bonfim aprovou, por unanimidade, um projeto que visa transformar a tradicional guerra de espadas, realizada durante o período junino, em patrimônio cultural do município. A medida, no entanto, divide opiniões na cidade, porque alguns moradores defendem o fim da prática por conta dos perigos de queimaduras nos participantes. No São João de 2016, ao menos 19 pessoas tiveram ferimentos no município.

A atividade é considerada ilegal, mas a câmara de vereadores informou que pretende se reunir com Exército, Polícia Civil e Ministério Público para tentar legalizar a guerra de espadas. O projeto aprovado na casa legislativa municipal agora segue para sanção do executivo. A assessoria de comunicação da prefeitura de Senhor do Bonfim disse que ainda não recebeu o documento, mas que logo que isso acontecer o projeto deve ser aprovado e publicado no Diário Oficial do município.

Tradição

Apesar de perigosa, a tradição é mantida pelas famílias da cidade, que aguardam a chegada do São João para dar início à manifestação cultural. O bairro da Gamboa, em Senhor do Bonfim, é ponto de encontro dos “Espadeiros da Gamboa”, grupo com mais de 70 participantes que se reúne para guerrear há mais de 50 anos.

Durante a guerra, os espadeiros usam roupas e capacetes para se proteger das espadas, mas não dispensam as orações para pedir proteção antes de dar início a batalha. Em média, cada espadeiro leva 100 espadas para o embate, e algumas famílias chegam a gastar mais de mil reais com o arsenal.

Com informações do G1.

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