Carrefour é excluído do Instituto Ethos, de responsabilidade social

Foto: AFP
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O Carrefour Brasil, após ser retirado do índice de responsabilidade social da Bolsa de Valores, foi removido do quadro de associados do Instituto Ethos, uma das principais organizações para a promoção de responsabilidade social no setor privado.

O conselho deliberativo do instituto determinou a retirada da companhia após analisar suas respostas sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro, de 40 anos, que morreu espancado por dois seguranças terceirizados em uma loja de Porto Alegre (RS) no dia 19 de novembro.

No entanto, a empresa ainda pode retornar ao quadro de associados. Para isso, basta cumprir uma série de medidas e apresentar progresso de resultados de alguns requisitos exigidos pelo instituto. Entre as determinações estão o compromisso com um plano reparação à família de Beto, a ampliação a outros estados das ações de internalização dos serviços de segurança e a adoção de um modelo de segurança com foco na integridade e no bem-estar.

A companhia também precisará ser transparente sobre o investimento para essas ações nos próximos anos e propor um termo de compromisso que possa ser assinado e monitorado pelo Ministério Público (MP). Além disso, a organização suspendeu o apoio institucional e o patrocínio a eventos e já retirou o logotipo da marca de seu site.

O Instituto tem 138 grandes empresas associadas e trabalha para promover a responsabilidade social, com atuação nas frentes de ambiente, integridade e ética, direitos humanos e sustentabilidade.

Em comunicado, o Ethos diz que sua comissão interna de ética irá monitorar e reportar mensalmente os desdobramentos dos compromissos assumidos pelo Carrefour. A condição da empresa será reavaliada em seis meses.

Na terça-feira, 8, a companhia foi removida de um índice que reúne empresas com melhores práticas sociais, ambientais e de governança. Batizado de S&P/B3 Brasil ESG, é mantido pela empresa S&P Dow Jones Indices, nos Estados Unidos, e pela B3, a Bolsa brasileira. A decisão também foi tomada após uma análise da repercussão do assassinato de Beto Freitas. (As informações são da Folhapress.)

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