Central de Policia
02/09/2022
A família de Cláudio Marcelo de Almeida, de 50 anos, que morreu durante implante capilar em Feira de Santana, pediu justiça, nesta sexta-feira (2), após o laudo pericial ser divulgado.
“Não desejamos mal a ele [médico], mas queremos que ele pague pelo que fez. Ele nunca nos procurou para dar um conforto”, disse a irmã da vítima, Roneide Almeida.
O documento aponta que Cláudio Marcelo de Almeida foi a óbito após uma intoxicação por causa do anestésico aplicado durante o procedimento. O médico que fez o implante capilar na vítima não tinha as especializações clínicas que alegava ter, segundo a Polícia Civil.
O caso aconteceu em março deste ano. Cláudio Marcelo de Almeida chegou a ser socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiu. O crime é investigado pela delegada Ludmilla Vilas Boas, que informou que todo o material será encaminhado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que decidirá se denunciará o médico.
A mãe de Marcelo, Railda Almeida, relembrou da ausência de exames antes do procedimento. “Ele [Marcelo] fez uma cirurgia que não pediram exame nenhum, apenas o de urina. Quando perguntaram a família se ele tinha feito algum exame… Nada. Então a gente sabia que tinha uma negligência médica. Esperávamos o laudo com muita ansiedade para que viesse uma resposta”, disse.
“A justiça precisa ser feita para que isso não aconteça com outras pessoas”, complementou.
De acordo com a delegada, o laudo pericial apontou que a intoxicação que matou Cláudio Marcelo de Almeida não configura um processo alérgico.
Uma especialista ouvida pela TV Subaé, afiliada da TV Bahia, explicou que a intoxicação pode ser causada por alta dose de anestésico, e que a presença de um anestesista é indispensável para o procedimento.
Cláudio morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Após a morte, familiares do comerciante e pessoas da equipe responsável pelo transplante capilar foram ouvidos.
A viúva de Cláudio afirma que o encontrou deitado no chão do consultório e acusou o médico de negligência. O profissional foi ouvido pela polícia em abril e negou informações repassadas pela família da vítima.
G1 Bahia