Chapecoense reencontra Atlético Nacional e pode ser campeã no palco de tragédia

Um desastre aéreo matou, na semana passada, 19 jogadores do time catarinense, na véspera da primeira partida da  final  do  campeonato,  que seria disputada com o Atlético Nacional, de Medellín (Foto Marcio Cunha/Agência Lusa)
Um desastre aéreo matou, na semana passada, 19 jogadores do time catarinense, na véspera da primeira partida da final do campeonato, que seria disputada com o Atlético Nacional, de Medellín (Foto Marcio Cunha/Agência Lusa)
Corpos de jogadores da Chapecoense deixam a Colômbia (Foto: Marcio Fernandes/Estadão)

A Chapecoense reencontra o cenário da maior tragédia da história do futebol, após pouco mais de cinco meses da tragédia. O palco é novamente Medellín; a ocasião é a decisão de um título continental; e o adversário, o Atlético Nacional. As lembranças dos 71 mortos no acidente aéreo de 29 de novembro são inevitáveis, mas os jogadores e o técnico Vagner Mancini pregaram que a partir das 21h45 (de Brasília) desta quarta-feira (10), o foco estará todo no gramado do Estádio Atanásio Girardot e na disputa da segunda partida da decisão da Recopa Sul-Americana.

Depois de receber o adversário – que se transformou em irmão diante das trágicas circunstâncias no fim do ano passado – com justas homenagens para a partida de ida, a Chapecoense chegou a Medellín com as mesmas honrarias e reencontrando o carinho do povo colombiano.

O elenco todo foi recebido com muita festa, mas as homenagens ganharam tons especiais para os quatro brasileiros sobreviventes. Jackson Follmann, Neto, Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel viajaram com a delegação, reencontraram o palco do acidente que lhes tirou tantos colegas e se emocionaram com a recepção.

Se fora de campo as feridas pelo ocorrido ainda estão abertas e dificilmente serão apagadas, dentro dele, a Chapecoense tenta se reerguer. E o reinício do clube não poderia ser mais promissor, já que no último domingo a equipe conquistou o título do Campeonato Catarinense.

Por isso, a partida desta quarta representa a chance de a Chapecoense viver uma semana histórica, com dois títulos conquistados em quatro dias, mas também de honrar o caminho que começou a ser construído pelas vítimas do acidente. Afinal, o time catarinense está na disputa da Recopa por ter sido declarado campeão da Copa Sul-Americana do ano passado, torneio que nunca teve sua decisão disputada, justamente por causa da tragédia.

Na partida de ida, em Chapecó, os donos da casa levaram a melhor e venceram por 2 a 1. Por isso, a Chapecoense depende apenas de um empate nesta quarta-feira para comemorar o título. Ao Atlético Nacional, resta vencer por dois gols de diferença para levar o troféu no tempo normal.

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