Chegada do inverno pede cuidados em relação à conjuntivite

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imagesO inverno começou com força em 2016 e, de acordo com especialistas, tende a ser o mais frio dos últimos anos, devido à dispersão do fenômeno El Niño. Com isso, as pessoas costumam passar mais tempo em ambiente fechados e aglomerados, e o clima tende a ficar mais seco. Cenário ideal para manifestação de doenças oculares, como, por exemplo, a conjuntivite, que é a inflamação da conjuntiva – membrana que reveste a parte externa do globo ocular.

Entre os tipos mais frequentes da doença, estão a alérgica e a viral. A primeira, por sua vez, não é transmissível, e acomete pessoas propensas a alergias como rinite e bronquite. “O problema pode estar relacionado à baixa umidade do ar, comum nesta época do ano, e pode ser causado por excesso de poeira, poluição, pelos de animais e outras partículas que possam entrar nos olhos” comenta o Dr. Pedro Antonio Nogueira Filho, chefe do pronto-socorro do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista.

Por outro lado, a conjuntivite viral é facilmente transmissível pelo contato com objetos pessoais contaminados, como maquiagens, toalhas, fronhas e lenços; e superfícies infectadas de uso comum, como maçanetas, corrimãos, mesas etc. “Ambientes com grande concentração de pessoas, como escolas, meios de transporte, empresas e shoppings são os mais propícios para espalharem o vírus”, ressalta o especialista.
“Areia nos olhos”

Em ambos os casos, os principais sintomas da doença são ardência, coceira, inchaço das pálpebras, lacrimejamento, olhos avermelhados e fotofobia. Porém, uma das características mais marcantes e incômodas da conjuntivite é a sensação de estar com areia dentro dos olhos. “Isso acontece pelo fato da parte interna das pálpebras estar irregular, decorrente de seu processo inflamatório. Quando piscamos, a pálpebra entra em contato direto com a córnea – tecido sensível e transparente que fica na parte da frente do olho – , e esta identifica que há um corpo estranho lá, dando a sensação de areia” explica o Dr. Pedro Antonio.

Em primeiro lugar, previna-se!
· Lave as mãos frequentemente com água e sabão;
· Evite tocar os olhos sem higienizar as mãos;
· Evite usar maquiagem de outras pessoas nos olhos;
· Nunca use lentes de contato de outras pessoas;
· Nunca use colírios utilizados anteriormente por pessoa com conjuntivite;
· Não leve crianças com conjuntivite para o berçário ou à escola até que o quadro tenha se resolvido;
· Utilize apenas produtos descartáveis para limpeza dos olhos acometidos pela doença;
· Lave, regularmente, lençóis, fronhas e toalhas.
“Em média, 35% dos pacientes atendidos no pronto-socorro do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista – são diagnosticados com o problema. Por isso, adotamos práticas contínuas para a contenção da doença, que são reforçadas ainda mais neste período. Entre elas, orientação constante para o cuidado de pacientes, acompanhantes e colaboradores; disponibilização de álcool gel para higienização das mãos e equipamentos a cada atendimento realizado; limpeza dos ambientes e superfícies intensificada; e equipe de higienização capacitada periodicamente”, ressalta o médico.

Tratamentos
Caso haja suspeita de conjuntivite, é fundamental consultar-se com um oftalmologista. O profissional realizará o diagnóstico correto e determinará o tratamento, conforme a causa da doença.

Para os casos alérgicos, é necessário evitar contato com o alérgeno (poeira, pólen, pelos de animais, fumaça, poluição etc.) e usar medicamento específico prescrito por um especialista. Para os viriais, assim como ocorrem com resfriados, espera-se que a melhora aconteça entre 7 e 10 dias após seu início. Medidas para o alívio dos sintomas, como compressas frias, colírios lubrificantes e analgésicos são recomendadas. Em todas as situações, o uso de lentes de contato deve ser suspenso.

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