Começa hoje a Festa Literária Internacional de Cachoeira

Festa Literária acontece no Convento do Carmo, em Cachoeira. Foto: Ida Sandes/G1.
Festa Literária acontece no Convento do Carmo, em Cachoeira. Foto: Ida Sandes/G1.
Festa Literária acontece no Convento do Carmo, em Cachoeira. Foto: Ida Sandes/G1.

Com nomes expressivos e temáticas com questões identitárias, a 7ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) dialoga com o presente, sem deixar de respeitar o passado e apontar para o futuro. A preocupação de manter o equilíbrio e a diversidade foi o que norteou as escolhas do curador da Flica, o jornalista e escritor Tom Correia. Ele estreia propondo desafios que se dividem entre mesas que começam nesta quinta-feira (5) e vão até o domingo (8).

“Teremos duas mesas só com mulheres negras. Elas estão ali porque elas ganharam notoriedade pelas suas escritas, pela sua literatura. É a primeira vez que terá uma mesa indígena, por exemplo, principalmente nesse momento em que os indígenas têm perdido direitos, com leis revogadas. Eu acho que a literatura é um meio de se expressar politicamente, não há como se dissociar arte da política”, defende Tom Correia, em entrevista ao G1.

Curador da Flica, Tom Correia. Foto: Rosana Souza/Divulgação.

A inquietude da programação já se apresenta na formação do primeiro debate. Com o tema “Os reflexos do passado ancestral em nossa pele”, o encontro entre os escritores Carlos Moore, Cuti e o mediador Zulu Araújo, que substitui Jorge Portugal, anunciado anteriormente, será a mesa de abertura da festa, às 15h.

“Carlos Moore é cidadão do mundo, atualmente mora em Salvador. A trajetória dele é incrível. Ele dialoga muito forte com Cuti, que trabalha muito com a literatura negra, apesar dele não gostar desse termo. Os dois têm trajetórias muito ricas, são contemporâneos, são negros e são representativos”, afirma Tom. Para ele, o tema dialoga com os dois escritores e promete atrair o público ligado com as questões da negritude.

Programação

5 de outubro – Quinta-feira

15:00h às 16:30h – Mesa 01 | Os reflexos do passado ancestral em nossa pele
Autores: Carlos Moore e Cuti
Mediador: Zulu Araújo
19:00h às 20:30h – Mesa 02 | Penso, falo, canto e sou sua liberdade, Cachoeira
Autores: Professor Carneirinho e Walter Fraga e Tamires Costa
Mediador: Jomar Lima

6 de outubro – Sexta-feira

10:00h às 11:30h – Mesa 03 | Memória, obsessões e outras matérias-primas da ficção
Autores: Maria Valéria Rezende e Franklin Carvalho
Mediadora: Milena Britto
15:00h às 16:30h – Mesa 04 | Intervenções, agitações e desvarios
Autores: Ricardo Lísias e Daniela Galdino
Mediador: Wesley Correia
19:00h às 20:30h – Mesa 05 | A poesia em suas infinitas estações
Autor: Ruy Espinheira Filho
Mediadora: Mônica Menezes

7 de outubro – Sábado

10:00h às 11:30h – Mesa 06 | Entre a ficção e a notícia: limites, contrapontos e narrativas possíveis
Autores: Ricardo Ishmael e Francisco José
Mediador: Zulu Araújo
14:00h às 15:30h – Mesa 7 | Verbos implacáveis, surtos criativos, angústias favoritas
Autora: Jout Jout
Mediadora: Tia Má
17:00h às 18:30h – Mesa 08 | Escrita de resistência contra os que desejam sufocar a nossa voz
Autoras: Minna Salami e Cidinha da Silva
Mediadora: Denise Carrascosa
20:00h às 21:30h – Mesa 09 | A máxima potência que habita as palavras
Autoras: Paulina Chiziane e Elisa Lucinda
Mediadora: Lívia Natália

8 de outubro – Domingo

10:00h às 11:30h – Mesa 10 | A imperdoável capacidade humana de apagar seus antepassados
Autores: Daniel Munduruku e Eliane Potiguara
Mediadora: Suzane Lima Costa

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