Coração de atleta: Exames cardiológicos podem ajudar a proteger o coração de quem não abre mão de se exercitar

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Foto: Divulgação

Pratica exercícios físicos regularmente? Ou é daqueles que só movimenta o corpo de vez em quando, tentando correr atrás do tempo perdido? Do atleta profissional ao praticante esporádico de atividades físicas, todos que se exercitam precisam cuidar da saúde do coração. Exames diagnóstico ajudam a saber como anda a saúde desse órgão vital, contribuindo para a indicação adequada de modalidades, orientando sobre periodicidade e intensidade.

Vale lembrar que, em geral, atletas jovens se preocupam principalmente com lesões ortopédicas, que os tirariam das competições e de uma vida ativa, e nem imaginam que a morte súbita os tiraria a vida. Por isso, é importante debatermos sobre a relevância de uma avaliação cardiológica nos atletas, aspirantes e praticantes do dia a dia.

Pesquisas recentes, divulgadas no JACC2016, pelo médico americano Dr. Barry Maron, mostram que, com o passar dos anos e avançar da idade, na faixa etária dos 35 aos 45 anos, há o aumento da mortalidade por causa da doença coronária aterosclerótica. “A aterosclerose é provocada pelo acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes arteriais, responsáveis por levar sangue e oxigênio ao corpo. Esse acúmulo causa o estreitamento das artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo, podendo levar ao infarto”, explica o médico cardiologista da Diagnoson a+, Mozart Cardoso Filho.

Nos mais jovens, a doença estrutural não aterosclerótica assume quase totalidade, dentre as quais a miocardiopatia hipertrófica é a principal causa. Outras causas não estruturais são: displasia arritmogênica do ventrículo direito – doença genética em que o tecido acumula gordura e pode causar a taquicardia e até a morte súbita em jovens.

Os estudos atestam também que 35% das mortes dos atletas não ocorreriam se fosse realizado o eletrocardiograma de repouso basal antes da prática esportiva. No Brasil, a prática de solicitação de exames prévios, como eletrocardiograma e teste ergométrico, é maior que nos EUA. Um exame clínico bem feito aliado à investigação dos antecedentes familiares pode identificar estes casos e, então evitar o evento tão temido que é a morte súbita.

Em mulheres, é preciso verificar se há distúrbio de coagulação sanguínea ou a hiperagregação plaquetária, que pode gerar uma trombose, principalmente por aquelas que fazem uso do anticoncepcional.

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