O último adeus ao construtor de trios elétricos e carnavalesco Orlando Tapajós começou silencioso, na manhã desta segunda-feira (18), em Salvador. Por volta do meio-dia, minutos após a saída do trio que integrava o cortejo fúnebre em homenagem ao carnavalesco, as guitarras dos irmãos Macêdo conduziram o percurso e emocionaram parentes e amigos que se despediam.
O caixão com o corpo de Orlando Tapajós saiu, sob muitos aplausos, do Palácio Rio Branco, no Centro Histórico, onde ele foi velado desde o domingo (17), e foi levado em um carro do Corpo de Bombeiros. O carnavalesco morreu aos 85 anos, na madrugada desse domingo, no Hospital Tereza de Lisieux, na capital baiana.
Nas sacadas dos prédios que ficam no trajeto do cortejo, no chão ou em cima de um dos três trios que representaram o legado de Orlando Tapajós, as pessoas prestavam condolências e homenagens ao homem responsável pela estrutura que deu origem ao modelo atual do caminhão que comanda o carnaval de Salvador. Os veículos fizeram o mesmo percurso que o carnavalesco realizou por mais de 60 anos.
Durante o percurso, que inclui as praças entre a Rua Chile, a Casa D’Itália, a Rua Carlos Gomes e a Avenida Sete de Setembro, o cortejo foi aplaudido várias vezes. Já na chegada à Praça Castro Alves, a popular Praça do Poeta, a prece da Ave Maria e o hino do Senhor do Bonfim foram entoados. Os óculos escuros protegiam os olhos dos presentes contra o sol forte, mas não foram capazes de esconder as lágrimas, que vinham junto com os pedidos de bons caminhos para Orlando Tapajós.
Com informações do G1.
