Damares cobra apuração sobre aeronaves sucateadas da Funai

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, cobrou da Fundação Nacional do Índio (Funai) uma apuração sobre o sucateamento de nove aeronaves que deveriam garantir atendimento médico para a população indígena de todo o País. Damares quer a punição dos responsáveis por eventuais desvios ou omissões.

Um relatório interno da Funai obtido pelo Estado mostra que, das nove aeronaves sob a responsabilidade da Funai, três estão em estado irrecuperável, uma acidentada e o restante inoperante. O documento alerta para a situação de descaso e abandono da frota, com risco até de incêndio no caso de aeronaves que estão estacionadas em gramados no aeroporto internacional de Brasília.

De acordo com o presidente da Funai, Fernando Melo, só o aluguel atrasado com o estacionamento das aeronaves em Brasília já chega a R$ 3 milhões – o triplo do valor que estimado com o leilão das aeronaves nas próximas semanas (R$ 1 milhão). O risco de incêndio ali deve ao fato de as aeronaves estarem estacionadas no gramado, “um material de fácil combustão” especialmente no período de seca, de acordo com o relatório. “Senhor presidente substituto, cumprimentando-o, faço menção à vistoria realizada por esta signatária em aeroportos nas cidades de Brasília/DF, Goiânia/GO e Rio de Janeiro/RJ, onde foram constatadas aeronaves abandonadas pela Fundação Nacional do Índio, para solicitar, com a maior brevidade possível, a apuração da situação apresentada e, consequentemente, a adoção de previdências por parte dessa Presidência ante ao lamentável cenário encontrado”, escreveu Damares, em ofício assinado ontem (8).

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para criticar a situação em que seu governo encontrou a frota de aviões usadas pela Funai. “A Funai, como regra, ‘cuidava’ de tudo, menos do índio. Cada ninho de ratos que toco fogo, mais inimigos coleciono. Acredito no Brasil porque confio em você, cidadão de bem”, escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter.

 

*Estadão Conteúdo

Outras Notícias