Declaração de amor à Feira de Santana

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Paixão antiga, dessas que se sente na pele, assim a sinto, minha Princesa. Às vezes te deixo, corro para os braços de outra cidade, tão sedutora quanto, mas ainda que repleta de beleza, falta-lhe a nossa intimidade em poder tocar meus pés em teu chão e, por ti andar, vivenciando nossa cumplicidade, até de olhos fechados. Tu és o meu chão. Se me pego, por algum segundo pensando em outras terras, logo me acho recordando as peraltices de menino, as aventuras de adolescente, as descobertas juvenis, os altos e baixos na maturidade…

Amo-te assim, intensamente, como filho da terra com muitos irmãos de sangue e de afeto, pois sendo grande mãe que acolhe pessoas que vêm de fora, trazes em teu portal os braços abertos para aqueles que desejam desfrutar de teu desenvolvimento e progresso.

Cidade, desde suas raízes, “comercial”, Feira de Santana nasceu do convívio simultâneo da maior feira de gado da Bahia e com a maior feira-livre do interior, no povoado de Santana dos Olhos D’água, tendo na figura do vaqueiro, a inspiração para avançar e conquistar espaços por poucos trilhados. Vaqueiros como meu pai que vestido com seu gibão de couro, apeava com seu cavalo atrás do boi desgarrado, na zona rural de minha amada Princesa.

No sertão, estava escrita uma cidade, com seu calor e seu frio, me aquecendo e resfriando com as temperaturas que pulsam em teu coração. Localizada entre o Recôncavo e os tabuleiros semiáridos do Nordeste baiano, amo-te assim, Princesinha toda feita de Sertão.

Nestes 184 anos de emancipação política, exaltada em tempos idos por poetas feirenses, como Eurico Alves e Godofredo Filho, Feira do rural ao urbano, na história das letras, se fez eternizada. Em suas entranhas maternas, eu, Carlos Geilson virei homem feito e dentro de meus 57 anos vividos, pude, ao mesmo tempo em que estava amadurecendo, sentir o crescimento urbano, político, econômico, imobiliário, industrial, cultural e comercial de minha terra.

Nos últimos 10 anos, a minha cidade natal tem dado um salto de progresso impressionante. Sendo comercial desde as suas origens, Feira, nestes 184 anos de emancipação, continua a conservar-se tradicionalmente comercial. Como se não bastasse ter um comercio próspero, que contribui para a geração de empregos e, consequentemente melhora qualidade de vida dos feirenses e de quem a adota como cidade de sobrevivência, Feira tem sido polo de expansão industrial e imobiliária.

Mesmo com a supremacia do comércio, o ciclo de expansão industrial do Portal do Sertão é de extrema relevância para o crescimento econômico e desenvolvimento social da cidade. No setor imobiliário, a construção de condomínios fechados é crescente, acompanhando a tendência de outras cidades no Brasil e no mundo. Como consequência destes novos estilos de moradia e indústrias, novas vias de acesso foram criadas, de modo que a cidade Princesa tem dado um show de acessibilidade.

É por essas e outras que sou apaixonado por minha terra. Posso caminhar por outras estradas, mas não me vejo distante do meu berço. Amo-te Feira de Santana, Cidade Princesa, Portal do Sertão, com amor puro de menino sertanejo que conhece sua cidade porque nela brincou com os pés descalços na terra.

Parabéns, minha cidade, pelos teus bem vividos 184 anos de emancipação e progresso!!

Deputado Estadual Carlos Geilson

 

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