Defesa Civil aciona sistema de alerta em 3ª comunidade de Salvador por risco de deslizamento de terra

Terceira sirene foi acionado na Rua Mamede, localizada no Alto da Terezinha, no Subúrbio Ferroviário (Foto: Dalton Soares/TV Bahia)
Terceira sirene foi acionado na Rua Mamede, localizada no Alto da Terezinha, no Subúrbio Ferroviário (Foto: Dalton Soares/TV Bahia)
Terceira sirene foi acionado na Rua Mamede, localizada no Alto da Terezinha, no Subúrbio Ferroviário (Foto: Dalton Soares/TV Bahia)

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) acionou, por volta das 17h40 desta sexta-feira (20) o sistema de alerta e alarme de deslizamento de terra em mais uma comunidade. A sirene foi acionado na Rua Mamede, localizada no Alto da Terezinha, no Subúrbio Ferroviário, por ter chovido cerca de 150 mm nas últimas 72 horas na região, limite máximo para que o sistema seja acionado.

A capital teve o dia mais chuvoso do mês de abril nesta sexta-feira.

Mais cedo, também por causa das intensas chuvas, o órgão também havia ligado o alerta no Marotinhos, no bairros de Bom Juá, e em Vila Picasso, no bairro de São Caetano. Em Bom Juá, o dispositivo foi acionado por volta das 10h. Na Vila Picasso, o alerta aconteceu às 12h.

Os moradores das três comunidades, que precisam evacuar as casas temporariamente, precisam se dirigir a abrigos montados pela Prefeitura nas escolas municipais Santa Teresina, no Alto da Teresina, Antonio Carlos Magalhães e Professor Carvalho Guedes, as duas em São Caetano.

Segundo a prefeitura, nesses locais, eles estão recebendo amparo social através dos agentes da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), da Defesa Civil de Salvador (Codesal) e voluntários, até receberem orientação para retornarem para suas casas com segurança. Para os próximos três dias, a previsão é de chuva, só que mais reduzida.

A região de Bom Juá registrou há três anos, no dia 27 de abril de 2017, um desabamento que deixou quatro mortes e três feridos.

A Secretária Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) informou que está atuando com os demais órgãos municipais na “Operação Chuva 2018” desde a manhã desta sexta.

Equipe técnica formada por assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais, realizou atendimentos na região de São Caetano e efetuou, até 16h, o cadastro de 28 famílias, que totalizam 90 pessoas (52 adultos e 38 crianças e adolescentes).

Em Novo Marotinho, na comunidade de Bom Juá, quatro famílias foram cadastradas pela Semps, mas não quiseram se abrigar na Escola Municipal Antônio Carvalho Guedes. No local, serão disponibilizados colchões, lençóis, alimentação e itens de higiene. Já os cidadãos da Rua Mamede serão cadastrados e poderão se dirigir à Escola Municipal Santa Teresina.

Após o cadastro, a necessidade de recebimento de auxílio-moradia ou auxílio-emergência é verificada pela Semps. O órgão disse que seguira de plantão, para realizar os atendimentos e serviços socioassistenciais para a população atingida pelas chuvas na capital baiana.

Ocorrências

A Defesa Civil de Salvador informou que até as 17h20 desta sexta, o órgão tinha recebido 565 ocorrências, mas sem registro de feridos.

Foram oito alagamentos de área, 95 alagamentos de imóvel, 113 ameaças de desabamento de imóvel, sete ameaças de desabamento de muro, 118 ameaças de deslizamento de terra, 11 ameaças de queda de árvore, seis árvores caídas, 12 avaliações de imóveis alagados, cinco desabamentos de imóvel, três desabamentos de muro, 12 desabamentos parciais, 148 deslizamentos de terra, 17 infiltrações e 10 orientações técnicas.

Os locais com maios número de ocorrência foram São Marcos, com 65 chamados, seguido de Sussuarana, com 29, Sete de Abril, 22, Castelo Branco 21, Canabrava, com 20 chamados, Pau da Lima, 17 solicitações, Pirajá, 15, Jardim Nova Esperança e Campinas de Pirajá com 13 chamados, cada um, Cajazeiras VIII e Tancredo neves com 12, cada uma, Fazenda grande II e Periperi com 12 e São Caetano, com 10 solicitações.

A Codesal disse que permanece com o plantão 24 horas atendendo às solicitações pelo telefone gratuito 199.​

Sirenes

Salvador possui oito sirenes de alerta em seis áreas de risco de acidentes, consideradas prioritárias por abrigar grande número de moradores que residem próximo a encostas, segundo a prefeitura.

Em momentos de emergência, os equipamentos são acionados diretamente do Centro de Operações da Codesal, através de um moderno sistema de análise climatológica, que dispõe de informações diárias sobre temperatura, clima e índice pluviométrico para a cidade.

O restante das sirenes instaladas está localizado na Baixa de Santa Rita (São Marcos), na Rua Coronel Pedro Ferrão (Baixa do Fiscal), na Rua Nova Divinéia (Calabetão) e Rua Henrique Mamede (Alto da Terezinha).

Os alertas acontecem quando há iminência de alagamentos e possíveis deslizamentos, baseados no protocolo do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC).

A prefeitura informou que ainda conta com 38 pluviômetros em pontos estratégicos. Com eles, é possível acompanhar a evolução da chuva em locais determinados através do Centro de Monitoramento e Alerta de Defesa Civil (Cemadec) – local onde especialistas acompanham as condições do tempo e alertas das situações que podem causar risco à população no período chuvoso.

As informações são do G1 Bahia

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