Defesa de Aécio Neves tentará reverter afastamento dele no STF

AECIO NEVES/SENADO
AECIO NEVES/SENADO

A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai buscar ainda nesta quinta-feira (18), no Supremo Tribunal Federal (STF), cópia do processo que resultou no seu afastamento do cargo na manhã de hoje e pedir para formular um requerimento de reconsideração da decisão ao ministro Edson Fachin. A informação é do advogado de Aécio, José Eduardo Alckmin, à Agência Brasil.

O advogado confirmou que o senador pediu R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista. Mas, conforme José Alckmin, foi um pedido de empréstimo para custear a defesa de Aécio Neves – investigado pela Operação Lava Jato. Ainda segundo o advogado, foi uma transação particular, que não teve relação com o cargo de senador.

“Uma operação dessas é corriqueira na esfera civil, todos nós pedimos empréstimo, afinal de contas, os juros dos bancos, vocês sabem muito bem, nem sempre são aceitáveis. Então, quem tem a oportunidade de ter um amigo que pode ajudar pede ajuda. Foi o que aconteceu”, declara José Alckmin. O advogado ressaltou ainda que o dono da JBS estava monitorado pela Polícia Federal, que “foi quem ditou as regras de como as coisas ocorreram”.

De acordo com José Alckmin, Aécio Neves ficou “surpreso e inconformado com o seu pedido de prisão, que, a seu ver, não está adequado à real versão dos fatos”. Para o senador, conforme o advogado, o que houve foi uma descontextualização de sua conversa com alguém que era seu amigo.

O senador passou a manhã reunido com os advogados José Alckmin e Rodrigo Alencastro, em sua casa, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. O tucano recebeu, no fim da manhã, integrantes da cúpula do PSDB no Senado. Estão reunidos com ele José Serra (SP), Antonio Anastasia (MG), o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e o líder da bancada, Paulo Bauer (SC).

José Alckmin falou com jornalistas ao deixar a casa de Aécio Neves, antes de seguir para o Supremo.

Foto de capa: Dida Sampaio.

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