Delegado Gustavo Coutinho solicita Prisão Preventiva do dentista suspeito de matar metalúrgico em conflito de trânsito

Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

A família de Jacivaldo Pereira Gomes, 44 anos, morto por um tiro após um conflito de trânsito, compareceu novamente ao Complexo Policial do bairro Sobradinho nesta segunda-feira (20) em busca de justiça. O delegado Gustavo Coutinho, em entrevista ao site Página de Notícias, informou que foi solicitada a prisão preventiva do dentista Lucas Ferraz, acusado do homicídio.

Conforme a investigação do delegado, após analisar as evidências, surgiram contradições na versão apresentada pelo acusado. “Inicialmente, ele afirmou que a vítima se aproximou dele, tentando ameaçá-lo, e que o tiro foi disparado em legítima defesa. No entanto, tanto o vídeo do incidente quanto os relatos da filha da vítima prestados na delegacia não corroboram essa versão”, explicou Coutinho. “Ficou claro que a situação poderia ter sido evitada. Não havia necessidade de Lucas retornar ao carro e efetuar o disparo fatal. Em um momento posterior, quando ele entrou no veículo, até sua esposa tentou impedir, segurando-o pelo braço para que ele não prosseguisse. Nesse momento, ele poderia ter seguido seu caminho, evitando esse ato criminoso. Além disso, observamos que seu veículo sofreu apenas um toque, sem danos significativos. Portanto, a prisão preventiva é justificável neste momento”, acrescentou o delegado.

Foto: Carlos Valadares

O delegado também mencionou que o pedido de prisão preventiva já foi formalizado e agora aguarda a decisão do poder judiciário. “Após o crime, nossa equipe esteve no local na quinta-feira, investigando para identificar o veículo envolvido, sua placa e o proprietário, que estava registrado em nome de uma mulher. Porém, não tínhamos informações precisas sobre quem estava com o motorista naquele momento. Foi somente quando o advogado compareceu à delegacia que tivemos acesso ao autor dos disparos. Ele afirmou ser o esposo da proprietária do veículo, mas até então não tínhamos a identificação correta. O advogado, na sexta-feira, trouxe seu cliente de forma voluntária, entregou a arma do crime e, após ouvir os depoimentos da filha e da esposa da vítima, e após análise dos vídeos, decidi que a prisão preventiva era necessária”, finalizou o delegado Coutinho.

Foto: Carlos Valadares

 

A filha da vítima, Allana Costa falou que a todo momento a cena do crime é lembrada de forma forte. “Essa cena não sai de minha cabeça, o tempo todo, é da hora que eu levanto até a hora de deitar, estou dormindo através de medicamentos. É como se fosse um vídeo que você dá play e ele inicia, o vídeo acaba e você dá play de novo, minha mente só dá play. Eu vim hoje falar com o delegado, foi mais um sofrimento, como está sendo um sofrimento ver tudo que eu estou vendo na minha mente. Está sendo muito doloroso, ainda bem que tem os vídeos para comprovar tudo, mostrar que meu pai não foi até o carro dele para bater no carro como tem dito”,

“Eu espero que a justiça de Deus seja feita, porque o trauma que eu estou, isso nunca vai ser apagado da minha mente, esse trauma nunca vai ser apagado da minha mente, e ver meu pai, desde da hora dele ser baleado até a hora de pegar meu pai gelado pelas pernas, com o olhar fixo, dente rangendo, sangrando, isso nunca vai sair da minha mente, então eu só quero que ele pague por tudo que ele fez por ser uma dor insuportável, eu não consigo pensar em nada, eu não consigo, só me vem a cena mesmo de fato do ocorrido, do tempo todo”, finalizou.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

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