Detentos de Salvador participam de aula inaugural para o Enem 2015

Jorge Portugal, professor e secretário de Cultura do Estado, deu uma aula de Português e Redação, além de dicas aos alunos. Foto: Carol Garcia/GOVBA
Jorge Portugal, professor e secretário de Cultura do Estado, deu uma aula de Português e Redação, além de dicas aos alunos. Foto: Carol Garcia/GOVBA
Jorge Portugal, professor e secretário de Cultura do Estado, deu uma aula de Português e Redação, além de dicas aos alunos. Foto: Carol Garcia/GOVBA
Jorge Portugal, professor e secretário de Cultura do Estado, deu uma aula de Português e Redação, além de dicas aos alunos. Foto: Carol Garcia/GOVBA

Motivados pelas ações educacionais, em unidades prisionais da Bahia, 890 detentos se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Aspirando a liberdade e a reinserção social após o cumprimento da pena, eles se empenham na rotina diária em sala de aula com os professores na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA).

As provas nas unidades prisionais de todo o País acontecem nos dias 1º e 2 de dezembro próximo, e, na manhã deste sábado (7), cerca de 50 internos do Complexo Penitenciário da Mata Escura participaram do ‘Aulão Inaugural para o Enem 2015’. O professor e secretário de Cultura do Estado, Jorge Portugal, na condição de voluntário, deu uma aula de Português e Redação, além de dicas aos alunos. Ele também elogiou a iniciativa da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).

“Hoje estou me sentindo um professor mais responsável ainda. Na condição de secretário sairei daqui [levando] o compromisso de formular parcerias com o sistema prisional, como o incentivo à produção artística e cultural dos detentos, criação de projetos especiais para premiar pessoas que escrevem poesias, contos, que trabalham na área de artes plásticas, dar visibilidade a isso e aumentar a autoestima dos internos”, destacou Portugal.

Ele disse ainda que ficou impressionado com as diversas atividades realizadas no complexo prisional, como a Oficina de Artes e os galpões onde são fabricadas peças de alumínio, estopas, baldes plásticos, entre outros itens.

O superintendente de Ressocialização Sustentável da Seap, Luis Antônio Fonseca, afirmou que a ideia é devolver o apenado ao convívio social numa condição melhor do que na época quando entrou no sistema prisional. “Não importa pra gente o crime que ele cometeu. Nosso papel é vigiar, mas também procurar a cada dia, por meio de um trabalho técnico, específico com a família, assistente social, psicólogo, com os agentes penitenciários e os servidores como um todo, retornar este homem à sociedade na categoria de cidadão, de onde ele nunca deveria ter saído”.

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