Dia dos Avós: A presença dos mais velhos na infância gera impactos positivos na vida adulta

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Foto: www.calendarr.com.

Cheirinho de bolo recém-saído do forno, cafuné, canção de ninar e um colo com aconchego… São muitas as coisas que nos remetem ao carinho e ao cuidado dos nossos avós. Neste dia 26, é comemorado o dia deles, que são mãe e pai duas vezes, mas com uma dose extra de amor.

E esta dose extra de amor é o principal motivo para que alguns pais digam que os avós mimam muito os seus netos, aceitando muitos pedidos dos pequenos e deixando de dizer não a eles. A professora da UNIFACS Susy Rocha, que ministra a disciplina Desenvolvimento Humano na Vida Adulta e Envelhecimento, do curso de Psicologia, sai em defesa dos avós e afirma que a presença deles na infância dos netos é fundamental para a educação das crianças: “tem que permitir os avós serem avós”.

Susy acredita que a convivência entre os avós e os seus netos é importante para ambos. “Os netos aprendem a conviver com regras diferentes, com pessoas mais velhas e assim entendem que podem existir diferentes formas de se pensar dentro da sua própria família. Além disso, aprendem que existem outros lugares fora do seu núcleo familiar que também são locais de segurança para elas”, explica.

Os avós, por sua vez, recebem uma alta dose de motivação a partir da convivência com a juventude. “A convivência com os próprios netos, além de dar mais ânimo, permite que os idosos convivam com novos pontos de vista, e possam aprender mais sobre o mundo da tecnologia, por exemplo.” A professora argumenta também que, na maioria das vezes, os netos são mais pacientes do que os seus pais para explicar as coisas aos seus avós. “É um apoio mútuo, o jovem se sente protegido quando está com eles e eles se sentem protegidos quando estão com os netos”.

Essa relação de afeto e carinho gera boas lembranças que marcam a infância de todo adulto. Fora essas recordações, e o fato de ter outras boas referências familiares de confiança além dos pais, Susy defende que a identificação com as suas raízes é também um importante reflexo na vida adulta. “A convivência com os avós na infância faz com que nos identifiquemos com nossas raízes, com a nossa família, suas normas – e isso vai impactar na vida adulta a partir do momento em que você é uma pessoa que tem uma identidade familiar e cultural, que vem enraizado a partir da convivência com seus avós e pela história que você construiu com eles”.

Ascom/UNIFACS.

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