Diarreia infantil: você sabe como prevenir e tratar?

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Você sabe qual é a segunda doença que mais mata crianças menores de cinco anos em todo o mundo? É a diarreia. Ela foi responsável por cerca de 64.508 internações de crianças de 0 a 4 anos, somente no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2013, segundo dados do DATASUS. E, de acordo com os médicos, um dos fatores que mais contribuem para o óbito dos pequenos pacientes é a falta de informação.

Conforme números apresentados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apenas 39% das crianças que são acometidas pelo problema recebem o tratamento adequado. Essa doença, caracteriza-se pela perda de água e eletrólitos, resultando no aumento do volume e da frequência das evacuações, com diminuição da consistência das fezes. Para fins práticos, considera-se diarreia quando ocorrem pelo menos três episódios de evacuações em um período de 24 horas. Seus principais causadores são: infecções por vírus, bactérias e outros parasitas que se instalam no organismo.

“Os agentes causadores da diarreia, em geral, provocam lesão na mucosa do intestino e/ou alteram o funcionamento das células intestinais, ocasionando a perda de água e sais minerais. Para a reconstrução da mucosa intestinal, o zinco tem um papel importantíssimo, pois auxilia na regeneração do tecido da região, podendo diminuir os efeitos da doença no organismo”, afirma Dra. Talita Poli Biason, gerente médica da unidade MIP Aché.

O tratamento com zinco para a redução ou tratamento dos sintomas causados pela diarreia também podem ser utilizados em adultos, embora a recomendação da Organização Mundial de Saúde é para crianças com menos de cinco anos de idade, pois é nessa faixa etária que as consequências da diarreia podem ser mais drásticas.

“A diarreia é responsável pela perda de líquidos e eletrólitos do organismo e pode causar desidratação, caso a criança não consiga repor suas ‘perdas’ por meio da ingestão de água e soluções de reposição (soro oral)”, informa a médica. “Se a criança apresentar boca seca, olhos fundos e sem brilho, choro sem lágrimas, sonolência ou irritabilidade e diminuição importante da quantidade de urina, o serviço de saúde deve ser procurado imediatamente”, adverte a Dra. Talita.

Tratamento e prevenção da doença – De acordo com recomendado pela Organização Mundial de Saúde, o principal tratamento contra a diarreia aguda deve combater duas frentes, simultaneamente: a desidratação, por meio da reposição de água e sais minerais, feita por meio da ingestão de líquidos e de soro de reidratação oral, e a reconstrução da mucosa intestinal, promovida por meio do consumo de suplemento de zinco, que contribui para a regeneração do tecido da região.

“A suplementação com zinco tem sido utilizada por trazer bons resultados. Estudos mostram que quando o mineral é usado por 10 a 14 dias após o início do episódio, é capaz de reduzir a duração da diarreia aguda em 25% e diminuir a incidência de novos episódios da doença por até três meses.”, complementa Dra. Talita Poli Biason.

Ingerir água e alimentos contaminados por bactérias, vírus ou parasitas provenientes de fezes humanas e de animais são as principais causas do surgimento da diarreia aguda. Por isso, a gerente médica da unidade MIP Aché orienta que para evitá-la as pessoas devem prestar bastante atenção à higiene, tomando alguns cuidados, como, por exemplo, utilizar apenas água potável, tanto para beber quanto para cozinhar, e, quando isso não for possível, fervê-la antes de consumi-la; lavar bem as mãos antes de preparar ou consumir qualquer alimento, sendo que em situações que não der para fazê-lo, usar álcool em gel para assepsia; higienizar os alimentos crus antes de consumi-los é também fundamental. (Assessoria)

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