Preocupado com a baixa aprovação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pré-candidato à reeleição em 2016, o ex-presidente Lula intercedeu por verbas para o afilhado político no Palácio do Planalto. Lula pleiteou a liberação de 8 bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a gestão Haddad durante reunião com a presidente Dilma Rousseff.
No mesmo dia, o governo federal anunciou um corte orçamentário de quase 70 bilhões de reais, dos quais 25,7 bilhões de reais do PAC. Além disso, o ex-presidente, que foi cabo eleitoral e fiador das campanhas de Haddad e de Dilma, pediu que ministros do PT com base eleitoral em São Paulo participem mais do dia a dia da prefeitura e da agenda política na capital paulista. O instituto Datafolha aferiu, em fevereiro, que a administração de Haddad é considerada ruim ou péssima por 44% dos paulistanos.
A senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, que deixou o PT, aposta em agendas públicas na periferia de São Paulo e faz críticas a Haddad para alavancar sua pré-candidatura, que deve ser lançada por PSB e PPS. Também são pré-candidatos o deputado federal Celso Russomanno (PRB) e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB).
O dinheiro seria usado por Haddad na em obras contra enchentes, moradias populares e na construção de corredores de ônibus, uma promessa de campanha que ele manobra para conseguir aprovar. Haddad já admitiu que não conseguirá cumprir a promessa eleitoral de construção de creches – ele dava como certo que receberia dinheiro federal para cumprir a meta.