A diretoria da Associação dos Vendedores Ambulantes do Feiraguay (Avamfs) encaminhou à redação do site Olá Bahia, nesta tarde, nota de esclarecimento acerca da notícia “MP sugere estudo da Prefeitura sobre possível relocação de comerciantes do Feiraguay”. A matéria foi publicada de forma exclusive pelo portal de notícias.
A nota de esclarecimento da Avamfs traz uma cronologia dos fatos e fala em “forma estranha” e “articulação na calada da noite”, buscando a relocação do entreposto comercial localizado na praça Presidente Médici.
Leia a nota na íntegra da Avamfs enviada ao site Olá Bahia.
NOTA DE ESCLARECIMENTOS
AVAMFS – ASSOCIAÇÃO DOS VENDEDORES AMBULANTES DE
FEIRA DE SANTANA, vem a público, e junto ao seu Quadro de Associados,
para esclarecer as recentes informações publicadas pelos diversos órgãos/meios de
Comunicações nos seguintes termos:
a) A municipalidade no ano de 1995, visando a readequação e melhorias na mobilidade urbana, no Centro Comercial de Feira de Santana, relocou os Vendedores Ambulantes que trabalhavam da Rua Sales Barbosa, imediações do Mercado de Arte, para a Praça Presidente Médici, aqui, não cumpre adentar os fatos ocorridos à época decorrente da resistência nas mudanças impostas, mas, sim, que o medo do novo, foi completamente afastado quando o Entreposto conhecido por Feiraguay se transformou num dos maiores entrepostos comerciais do Nordeste, empreendimento gerador de empregos e rendas para Feira de Santana e sua Macrorregião;
b) Como ocorre na atualidade, os Vendedores ambulantes que laboravam nas imediações do Mercado de Arte foram previamente cadastrados pela municipalidade, para que obtivessem um novo espaço na Praça Presidente Médici, local que antes da instalação do Feiraguay, exceto para os forasteiros, que não conheceram a realidade do local, ali era ponto de venda, e uso de drogas, além de servir para a prática de prostituição, furtos e roubos. Não era incomum, também, a ocorrência de homicídios e latrocínios na velha praça, inclusive, moradores e transeuntes clamavam por uma solução para o local, o que só ocorreu com a chegada do Feiraguay;
c) Toda relocação, bem como distribuição dos espaços para os ambulantes relocados, foi por ato do Poder Executivo, não existindo qualquer interferência dos trabalhadores;
d) Desde 1995, que o Feiraguay vinha funcionando na Praça presidente Médici, dentro da maior normalidade, contudo, de forma estranha, após a criação do “SHOPPING CIDADE DAS COMPRAS”, algumas pessoas começaram a articular na calada das noites, debaixo dos postes com as lâmpadas apagadas, a relocação do maior Entreposto do Nordeste, na espécie, para o novo local, acima citado;
e) O Feiraguay, além de ter pacificado a Praça Presidente Médici, no que tange seus problemas físicos estruturais anteriores à relocação dos Vendedores Ambulantes do Centro da Cidade no ano de 1995, (SEGURANÇA, BANHEIROS ETC), também, viabilizou à municipalidade a restruturação da mobilidade urbana da Rua Sales e suas imediações, sem contar que, com o passar dos anos, repisamos, se transformou num dos maiores Entrepostos Comerciais, na espécie, do Nordeste, gerando milhares de empregos diretos e indiretos, consequentemente renda para o Município de Feira de Santana, e a sua Macrorregião;
f) O FEIRAGUAY se fortaleceu tanto, que até mesmo um Caixa Eletrônico do Banco 24 Horas foi instalado no local, tendo em vista que a maioria absoluta dos empreendedores ali presentes criaram suas microempresas – Pessoas Jurídicas, como forma de melhor negociar com os fornecedores nacionais e estrangeiros; g) É de conhecimento público, que após a construção Shopping Popular – “CIDADE DAS COMPRAS”, está ocorrendo a transferência de todos os Vendedores Ambulantes do Centro Comercial da cidade para o novo empreendimento, fato que tem gerado diversos entraves políticos administrativos, inclusive, com demandas judicializadas, fazendo com que a ocupação do local, até o momento, não tenha atingido o nível de empreendedores previsto pelo Consórcio que o administra;
Do acima noticiado, vozes mudas, vez por outras, tenta criar factoides sobre o Processo nº 0501817-20.2019.8.05.0080, da competência da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Feira de Santana, que está sendo acompanhado juridicamente pelo Advogado da AVAMFS, na defesa dos direitos e garantias fundamentais dos seus Associados. Por fim, cabe esclarecer que causa espécie, num momento em que os índices de desemprego no Brasil só fazem aumentar, em decorrência da Pandemia que vivemos, bem como, do momento histórico econômico que vivemos, que se busque destruir empreendimentos geradores de empregos como o FEIRAGUAY.
Pergunta que não quer calar: A quem interessa a relocação do FEIRAGUAY da Praça Presidente Médici para local que, em tese, não seja de uso comum DO POVO – leia-se “CIDADE DAS COMPRAS”? A Diretoria da AVAMFS e seu corpo Jurídico estão atentos a todas as articulações políticas, sócias e jurídicas, que buscam a desconstrução do maior Entreposto Comercial do Nordeste, na espécie, gerador de milhares de empregos e renda para
famílias e municipalidades.
Feira de Santana, 18 de agosto de 2021.
AVAMFS – Diretoria
