Especialista dá dicas sobre cuidados com a pele negra na exposição solar

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É um erro comum acreditar que a pele negra demanda menos cuidado quando o assunto é exposição solar. Por mais que a melanina existente ofereça uma proteção extra, o uso de fotoprotetor não pode ser dispensado, mesmo no dia a dia. Aliado a isso, esse tipo de pele requer uma atenção especial devido à maior incidência de manchas, oleosidade, queloides e foliculites, que podem ser prevenidos com alguns simples hábitos.

A dermatologista Renata Brasileiro explica que o conteúdo da melanina existente na pele negra confere um Fator de Proteção Solar (FPS) de apenas 13,4. “Por isso devem-se utilizar filtros com FPS superior a 15 no dia a dia, e se a exposição solar for moderada a grande, o protetor deve ser igual ou superior a 30”, informa. Ela aproveita para ressaltar que, assim como na pele branca, o protetor deve ser reaplicado a cada 2h, sempre que entrar na água do mar ou na piscina, ou quando houver sudorese excessiva. “O risco do câncer de pele existe para todos, por isso a importância dessas atitudes”, completa a especialista.

Cuidados

Devido a maior capacidade de produzir e distribuir a melanina quando exposta a radiação ultravioleta ou a processos inflamatórios, é maior a incidência de manchas na pele negra. A dermatologista Renata Brasileiro explica que elas podem ser tratadas com cremes clareadores ou através do uso de lasers. “Deve-se apenas atentar para o uso de substâncias menos irritativas, pois em caso de irritação, a pele negra pode hiperpigmentar ainda mais, o que não é desejável”, explica.

Outra atenção especial que a pele negra demanda é na prevenção à queloides. “Os fibroblastos presentes na derme da pele negra são maiores, estão em maior número e são hiperativos, o que favorece uma cicatrização exagerada da pele após traumas ou processos inflamatórios, consequentemente, os queloides são 3 a 18 vezes mais frequentes nos negros”, declara a especialista. As indicações para tratamento, que variam de acordo com cada caso, incluem infiltrações com substâncias que diminuem a proliferação das fibras colágenas até tratamentos com lasers.

A oleosidade é outra ocorrência frequente em peles negras e a dermatologista Renata Brasileiro pontua que a prevenção é feita através do uso de sabonetes específicos para peles oleosas, acompanhado do hábito de higienizar a pele antes de dormir para que os produtos aplicados durante o dia não obstruam os poros e predisponham a acne. “Também é recomendável evitar o excesso de cremes em cabelos e maquiagens oleosas, além de optar pelo uso de fotoprotetores oil free ou toque seco”, frisa a especialista.
Em relação à foliculite, Renata Brasileiro explica que os pelos dos indivíduos negros tendem a ser mais crespos, favorecendo que eles encurvem antes de sua saída pelo óstio folicular ou logo apos a sua saída, retornando para dentro da pele. “Isso gera a inflamação característica da foliculite, o que pode ser seguido de infecções por bactérias, agravando o processo”, afirma a dermatologista. A foliculite pode ocorrer na área de barba e pescoço em homens e também em áreas frequentemente depiladas. Para prevenção, a especialista dá duas dicas: evite barbear rente à pele e opte por depilações a laser.

Da Comunicativa – Agência de Comunicação.

Foto de capa extraída do site Portal Vital.

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