Estudo aponta o perigo das bebidas diet

Foto: Reprodução
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Em tempos de preocupação com a saúde e o corpo, as bebidas diet ou de baixa caloria fazem sucesso entre as pessoas, principalmente com mulheres que querem evitar o ganho de peso. Embora seja uma alternativa para as tradicionais bebidas com maior teor de açúcar, especialistas apontam que o alto consumo pode provocar problemas cardiovasculares. De acordo com um estudo publicado na revista Stroke, mulheres acima dos 50 anos que ingerem diariamente duas ou mais bebidas adoçadas artificialmente têm maior probabilidade de sofrer acidente vascular cerebral (AVC), ataque cardíaco e morte precoce.

Diante deste cenário, os médicos desaconselham a ingestão desses produtos.“As bebidas adoçadas artificialmente não devem ser consumidas. Mas se forem consumidas e, em excesso, em algum momento vão começar a inibir a produção de hormônios que são fundamentais para a nossa proteção cardiovascular e também de outras substâncias, como óxido nítrico, que relaxa a parede arterial e faz com que haja um melhor fluxo sanguíneo e, consequentemente, diminua a pressão arterial”, explicou o cardiologista, médico do esporte e nutrólogo do Hapvida, Railton Cordeiro.

Conforme o especialista, mulheres na faixa etária de 48 a 52 anos são mais suscetíveis a desenvolver problemas cardiovasculares devido ao consumo em excesso dessas bebidas, por conta da diminuição de alguns hormônios que naturalmente protegem o coração, ocorrida durante a menopausa.

No entanto, Railton Cordeiro lembra que o risco de sofrer um AVC também está atrelado a fatores como histórico familiar, pré-disposição genética, obesidade, uso de anabolizantes, além de hipertensão arterial.

O perigo para o coração está no açúcar presente nas bebidas diet. Quando consumido em demasia ele pode contribuir para o desenvolvimento da síndrome metabólica, um conjunto de condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes.

“A tendência é que também aumente a gordura visceral. Muitos só se preocupam com a gordura do sangue, o colesterol, que está na artéria, mas não sabem ou se esquecem da gordura visceral, que representa cinco vezes maior risco de infarto”, finalizou Railton Cordeiro.

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