Ex-ministro de Temer é preso na Operação Lava Jato

Ele foi ministro do Turismo dos governos de Dilma Rousseff (2015-2016) e de Temer (2016). Foto: André Coelho.
Ele foi ministro do Turismo dos governos de Dilma Rousseff (2015-2016) e de Temer (2016). Foto: André Coelho.
Ele foi ministro do Turismo dos governos de Dilma Rousseff (2015-2016) e de Temer (2016). Foto: André Coelho.

O ex-ministro e ex-presidente da Câmara de Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), foi preso nesta terça-feira (6), pela Polícia Federal (PF). A ação integra um desdobramento da Operação Lava Jato. Batizada de “Manus”, a iniciativa é para investigar atos de corrupção ativa e passiva, e de lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal, no Rio Grande do Norte. O superfaturamento identificado chega a R$ 77 milhões.

Conforme a polícia, a investigação foi aberta após a análise das provas colhidas em várias etapas da Operação Lava Jato “que apontavam solicitação e o efetivo recebimento de vantagens indevidas por dois ex-parlamentares cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio”.

“A partir das delações premiadas em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, e por meio de afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos, foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que, na verdade, consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal”, diz a nota da PF.

Cerca de 80 policiais cumprem 33 mandados judiciais, sendo cinco de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e do Paraná. Henrique Alves foi alvo de um dos mandados de prisão preventiva. Ele foi ministro do Turismo dos governos de Dilma Rousseff (2015-2016) e de Temer (2016), além de ter comandado a Câmara entre 2013 e 2015.

O deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB), que está preso em Curitiba desde o final do ano passado, também é alvo da ação. O nome da operação faz referência ao provérbio latino Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat, que significa “uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra”.

Com informações do portal A Tarde.

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