Excesso de medicação antigripal pode afetar a saúde cardíaca

(Foto Ilustração)
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Segundo pneumologista do HCor, os antigripais e antinflamatórios podem agravar doenças cardiovasculares. Por isso, recomenda-se que hipertensos e cardiopatas, em geral, consultem o seu cardiologista antes de utilizá-los

No inverno, o número de casos de gripe e resfriado aumenta significativamente. Como consequência, o consumo de antigripais também é maior. Mas, se por um lado, tais medicamentos aliviam os sintomas típicos – e extremamente incômodos – das doenças respiratórias mais comuns nesta estação, por outro, eles também devem ser utilizados com cautela em certos casos. “Alguns destes remédios contém substâncias vasoconstritoras, como a pseudoefedrina. Por isso, podem agravar quadros de hipertensão, por exemplo”, explica o Dr. Pedro Genta, pneumologista do HCor – Hospital do Coração.

O Dr. Genta aconselha que hipertensos e cardiopatas façam uso de antigripais com o conhecimento do médico que os acompanha. “Os antigripais com vasoconstritores podem elevar a pressão arterial e descompensar doenças como a insuficiência cardíaca e insuficiência coronariana”, alerta. “Por isso, é fundamental que eles procurem orientação médica para saber quais limites respeitar, conforme a sua idade, hábitos cotidianos e as suas respectivas condições de saúde”, afirma o pneumologista do HCor.

O Dr. Genta explica que exageros acontecem porque as pessoas – portadoras ou não de problemas cardiovasculares – já estão acostumadas a tomar diferentes tipos de remédio para cada um dos sintomas que venham a apresentar nesta época do ano. Outro grupo de medicamentos com efeitos colaterais potencialmente sérios são os antinflamatórios. Estes medicamentos podem também aumentar a pressão arterial, provocar alteração do funcionamento renal, além de poder trazer efeitos gástricos como úlcera péptica. “Indivíduos portadores de doenças cardiovasculares devem ter orientação para o uso de qualquer medicação pelo potencial de agravar as suas condições de saúde ou de haver interação com as medicações que já toma”, considera o médico.

Para controlar essa situação, outra medida sugerida pelo Dr. Genta, além de uma consulta ao médico, está relacionada à prevenção das doenças respiratórias que incluem a vacinação contra a gripe, higiene frequente das mãos e manter hábitos de vida saudáveis. Segundo ele, manter uma dieta balanceada, proteger-se das alterações de temperatura e observar a duração adequada do sono são atitudes indispensáveis neste inverno. “Fazendo isso fortalecemos o nosso sistema imunológico e evitamos que a ingestão constante de medicamentos seja necessária. Assim, podemos passar por esse período do ano de maneira saudável com ainda mais disposição”, conclui o pneumologista do HCor.

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