EXCLUSIVO: Ginecologista afirma que DIU é o contraceptivo mais confiável do mercado atualmente

Foto: Deise Campos
Foto: Deise Campos

Um dos métodos contraceptivos mais utilizados atualmente no Brasil é o Dispositivo Intrauterino (DIU), que além de prevenir a tão temida gravidez indesejada é um método altamente eficaz e de longa duração. Além do diu, existem diversos métodos contraceptivos, como: injeções, pipilas, implante anticoncepcional, anel vaginal, adesivos e camisinha. 

De acordo com o ginecologista, Francisco Mota, a mulher pode engravidar usando qualquer método contraceptivo, pois nenhum deles é 100%. “O que a Organização Mundial de Saúde (OMS) prega é que procure os métodos de longa duração, esses são os mais seguros porque não dependem da vontade do paciente de usar. A pílula depende que o paciente tome todos os dias; o adesivo precisa ser tocado semanalmente; o anel vaginal uma vez por mês e as injeções também precisam ser aplicadas mensalmente ou trimensal e o diu não depende disso, após colocado só precisa fazer controle semestral, entretanto o risco da falha é eminente para qualquer método, inclusive a laqueadura que é segura, mas corre o risco de falhar “, alerta. 

“Todo mundo conhece alguém que engravidou usando um diu, mas o índice de falha é muito baixo, chegando a ser semelhante ao da laqueadura tubária. Na cabeça das pessoas a laqueadura é o método mais seguro que existe e ele nunca falha, mas não, ele falha. Comparando o diu de cobre que é o mais simples e tem a duração de dez anos com a laqueadura ele tem eficácia de 99,2%, ou seja, em um ano 8 em cada 1000 mulheres vão engravidar e a laqueadura tem uma falha de 99,5%, onde 5 em 1000 vão engravidar. Então o índice de falha é muito semelhante e sem contar que a colocação do diu é ambulatorial e a laqueadura é um procedimento cirúrgico “, esclarece.   

Francisco Mota ainda pontua que se eventualmente o diu sair do lugar é detectado na ultrassom e a paciente vai ter ele retirado, podendo utiliza outro método como a pílula ou injeção, mas os diu evoluíram e hoje temos os hormonais como: Kyleena e Mirena, que são mais eficazes que a laqueadura tubária, com índice de segurança de 99,8%, ou seja 3 falhas a cada 1000 mulheres”

Quando perguntado se o diu só pode ser usado em mulheres que tem filhos o médico foi enfático em afirmar que isso é um mito. “Muito foi falado no passado porque acreditava-se que após gravidez o útero aumentava de tamanho e essa inserção era mais fácil, entretanto o procedimento de colocação possui nível de dor suportável, onde normalmente é realizado com uso de anestesia local e colocação de anti-inflamatório para diminuir o incomodo, mas a grande maioria consegue fazer um consultório médico” esclarece. 

Outro mito muito falado é que o uso do diu pode atrapalhar uma futura gravidez. “Após a paciente retirar o diu de cobre não interfere na ovulação, então quando ela já está ovulando, já o de de Kyleena ou Mirena em torno de seis semanas após a retirada a ovulação está reestabelecida e a fisiologia normalizada

Referente ao aumento ou diminuição do ciclo menstrual, o médico esclarece que os de cobre nos primeiros seis meses é esperado que a paciente tenha o aumento do fluxo, já os de Kyleena ou Mirena, que são hormonais tendem a fazer com que a paciente fique sem menstruar ou menstrue muito pouco. A grande maioria das mulheres ficam de fato sem ter sangramento. 

 Hormônios 

Comparando o diu de Mirena com a pílula anticoncepcional, ele equivale a paciente tomar duas pílulas anticoncepcionais em um mês, a quantidade de hormônio se comparado com a pílula chega ser 30 vezes menor. 

Dos métodos contraceptivos os que possuem mais homônimos são a pílula e a injeção. 

Uma mulher virgem pode usar o Diu?

Pode. Entretanto esse procedimento deve ser realizado no centro cirúrgico e normalmente por histeroscopia, onde é colocado uma câmera que irá passar pelo hímen da paciente, entrar no colo do útero e aí inserir esse diu.

Não é um procedimento naturalmente recomendados, até porque existem outros métodos que não são colocados dentro do útero, como o implante hormonal que é colocado embaixo da pele e que tem uma ótima eficácia. 

Pílula do dia seguinte 

“A pílula do dia seguinte tem uma dose de hormônio muito alta, mas não é considerada um método anticoncepcional e sim um método de emergência, onde o paciente não estava usando nada, saiu para balada e teve relação sem camisinha ou até mesmo com o marido e não estava usando nenhum método é indicado usar”, ressalva o médico. 

Francisco ainda afirma que enquanto a pílula anticoncepcional tem eficácia em torno de 97,2% a pílula do dia seguinte tem eficácia máxima de 95% se tomada em até 12 horas após a relação e essa eficácia vai diminuindo, se ela tomar três dias depois a relação sexual  a eficácia cai para 42%.

Por: Mayara Silva

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