Exército e polícia vão atuar juntos para impedir espadas no São João de Cruz das Almas

Foto: Reprodução
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“A queima é fácil regulamentar, mas a maior dificuldade está em regularizar a produção das espadas, que desde a sua proibição, os interessados no assunto não deram um passo se quer para reverter a situação, e ao que parece, não acredito que vai acontecer”, disse o promotor de Justiça José Reis Neto, durante coletiva com a imprensa local, na semana passada, no Fórum Dr. Tancredo de Almeida Neves, em Cruz das Almas. Responsável pela 1ª Promotoria Criminal, o promotor afirmou ao Forte na Notícia, que “o artefato não está previsto na legislação sobre a fabricação de fogos de artifício no País, e citou como exemplo, as chuvinhas, que possuem diretrizes relacionadas ao tamanho, diâmetro, quantidade de pólvora, fabricação e ETC”, comparou.

O Juiz Renato Pimenta disse que é preciso lembrar que quem defende as espadas está defendendo a continuação de um crime. “Estão defendendo algo que se acredita ser cultural, mas é preciso lembrar que isso está indo de encontro à população, que está correndo risco de vida”, lembrou. O magistrado confirmou a presença de homens do Exército atuando nas ruas e na área de logística da operação. O major Márcio Amorim de Marcelo – comandante da 27ª CIPM – disse que policiais a paisana vão trabalhar infiltrados no meio do povo fornecendo informações necessárias via rádio e telefonia celular. “Além disso, contaremos com apoio da Rondesp e CAEL (Caatinga)”. Ainda segundo o oficial da PM, o efetivo vai utilizar armas não letais e balas de borracha. “Não queremos confronto com os espadeiros, mas precisamos garantir a ordem”, frisou.

Já o delegado de polícia Dr. Cristóvão Éder, que pela primeira vez vai atuar no São João, disse que além dos investigadores, o município vai receber uma equipe da Polícia Civil que trabalha área de Coordenação e Fiscalização de Produtos Controlados. O objetivo da coletiva foi esclarecer mais uma vez o que todo mundo já sabe, mas nessa época do ano, finge não saber. A produção e a comercialização do artefato são práticas ilegais e o infrator não será eximido de responsabilidade criminal. Então, o espadeiro que insistir, e for pego pela polícia terá as espadas apreendidas, será preso em flagrante e ainda responderá criminalmente pelo ato, além de pagar fiança que pode chegar a R$ 5 mil. (Forte na Notícia)

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