Falso médico aplica golpes em famílias de pacientes em hospital de Itabuna

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Três famílias de pacientes internados no Hospital Calixto Midlej Filho, no município de Itabuna, denunciaram à polícia um falso médico que teria cobrado dinheiro para realização de exames na unidade de saúde. A denúncia foi realizada nesta quarta-feira (5). Uma das vítimas relatou que teve R$ 3 mil cobrados por um procedimento e que acabou pagando a quantia. Um golpe semelhante foi aplicado em agosto de 2016 em pacientes de hospitais públicos e particulares de Salvador.

Para cometer a fraude, o falso médico entrava em contato com as famílias por telefone para oferecer o exame. Por meio de nota ao G1, o Hospital Calixto Midlej Filho disse que proíbe os funcionários de passarem informações sobre o quadro clínico de pacientes a terceiros. Disse ainda que não realiza contato por telefone com a família dos pacientes internados.

A unidade de saúde, que é administrada pela Santa Casa de Misericórdia e atende pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela rede particular, lamentou o ocorrido. Disse ainda que está colaborando com a polícia na investigação do golpe, para que os criminosos sejam identificados e punidos.

O delegado da Polícia Civil que investiga o caso, Jacskon Silva, informou que já está instaurando um procedimento investigatório. “Temos que descobrir quem está por trás disso”, afirmou o delegado. Enquanto o caso não é solucionado, familiares da técnica de enfermagem Jeane Pólvora fica no prejuízo. Isso porque, eles caíram no golpe.

A avó da técnica está internada desde sábado (1°) no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade de saúde, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo Jeane Pólvora, um homem ligou para a família se passando por um médico da Santa Casa de Misericórdia, pediu dinheiro para fazer um exame e explicou que o plano de saúde não cobriria o valor de imediato.

Uma tia da técnica de enfermagem chegou a depositar R$ 3 mil na conta do falso médico, mas percebeu que era um golpe quando chegou ao hospital e procurou saber do exame. Jeane Pólvora conversou com o médico que teve o nome usado pelo golpista e com a direção do Hospital Calixto Midlej Filho. “Disse que não tinha solicitado qualquer tipo de exame e que o hospital não liga para o paciente para pedir dinheiro”, contou a técnica sobre o posicionamento do médico quando ela relatou a situação.

A família de Jeane Pólvora não foi a única que foi alvo do golpe. O caso também ocorreu com a professora Itariane Santos. Ela contou que o mesmo golpista pediu mais de R$ 3 mil reais para também realizar um exame no irmão dela, que está internado há mais de 15 dias no CTI da mesma unidade de saúde. A professora disse que no começo não desconfiou, porque o suposto médico deu detalhes sobre o caso do irmão dela. Eles também tiveram prejuízo, pois transferiram R$ 1,4 mil para o suposto médico. Já a terceira família, que também registrou o caso na delegacia de Itabuna, informou que não fez o depósito porque não tinha a quantia em mãos.

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