Falta de assistência mata 70 pessoas por dia na Bahia

HOSPITAIS - SUS (2) - Copia

Uma média de 73 pessoas morrem na Bahia, por dia, no sistema público de saúde, 80 por cento por falta do devido tratamento em leitos de alta complexidade, principalmente à espera de uma vaga de UTI. A denúncia é do jornalista Pablo Reis, autor do blog www.aratuonline.com.br/blogdepabloreis, e foi repercutida no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, pelo deputado Carlos Geilson.

O deputado frisou que o jornalista se baseou exatamente em dados da própria Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do DATA SUS (banco de dados do SUS) para trazer a público “uma realidade extremamente cruel que está sendo vivida pelos baianos, principalmente os mais necessitados”, destacou Carlos Geilson.

Baseado nos dados publicados por Pablo Reis, o parlamentar revelou que aconteceram 26.543 mortes no ano passado e até maio deste ano, 2015, foram 11.444. Carlos Geilson reproduziu no discurso um trecho da matéria, segundo o qual “Os próprios especialistas consideram aceitável que 80% se referem a pedidos de alta complexidade. Em outras palavras, mais de 2000 baianos, a cada mês, encontram a morte antes de ganharem uma vaga em um leito de alta complexidade.”

“Em uma tarde, observando a tela do software que monitora a regulação, é possível ver 134 registros vermelhos de pessoas em emergência, aguardando transferência para UTI, cirurgia ou qualquer outro procedimento de alta complexidade, quando o número de vagas é zero”, diz outro trecho da denúncia de Pablo Reis, que o deputado Carlos Geilson citou no discurso.

Radialista, o parlamentar feirense pregou a união de todas as forças político-administrativas da Bahia para reverter esta situação: “Temos que nos unir, temos que nos mobilizar porque não pode haver justificativa, não pode haver explicação para tantas mortes. Tem que haver é uma ação prioritária, emergencial, solidária, cristã, para livrar tantos baianos de um índice tão elevado de mortes por falta de assistência”, frisou.

O parlamentar ainda disse que o atual secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas não tem culpa da atual situação que se encontra a saúde pública da Bahia. “Ele não tem culpa dessa realidade. Ele herdou uma herança maldita da antiga gestão, do próprio Partido dos Trabalhadores”, concluiu.

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