Família acusa hospital de comunicar erradamente morte cerebral de paciente

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Parentes de Jorge Aurélio Bento Simões, de 42 anos, internado em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro Méier, no Rio de Janeiro, afirmam que médicos da unidade comunicaram, erradamente, à família sobre a morte cerebral do paciente. De acordo com Joice Simões, irmã do homem, na última terça-feira (19), um dia após a equipe do hospital informar a parentes que Jorge Simões teve morte encefálica, uma equipe da Rio Transplante que foi à unidade para resolver trâmites da doação de órgãos do paciente, deu outro diagnóstico: o homem está vivo.

Jorge Simões deu entrada no hospital no dia 9 de dezembro, após passar por um mau súbito e se afogar numa piscina durante uma festa. Desde então, ele está internado numa sala de trauma do Salgado Filho. Após os diagnósticos diferentes, parentes querem transferi-lo. “Não confiamos nessa equipe. Nós passamos por uma angústia enorme. Não é assim que se trata a família de um paciente”, diz Joice Simões à Agência O Globo.

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que exames realizados no homem “indicaram nível de consciência compatível com a morte encefálica e, por isso, foi aberto o protocolo de monitoramento da atividade cerebral e possível doação de órgãos”.

Ainda conforme a secretaria, “o paciente permanece apresentando movimento respiratório espontâneo e baixíssimo nível de consciência”. Já a Secretaria Estadual de Saúde, responsável pelo Rio Transplante, afirmou que equipes foram ao hospital durante três dias e não constataram a morte cerebral de Jorge Simões.

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