Fãs de Prior atacam e ameaçam advogada que trabalha no processo contra o ex-BBB

Foto: reprodução/TV Globo
Foto: reprodução/TV Globo

A advogada criminalista Maira Pinheiro, que está à frente do processo contra o ex-BBB Felipe Prior, contou que foi incomodada com mais de 20 ligações telefônicas de um número anônimo em julho de 2021.

Na época em que expôs o caso da denúncia contra o ex-Global por estupro, a advogada começou a ser ameaçada por fãs de Prior – que foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto no início de julho de 2023.

Em conversa ao G1, a advogada revelou que ao longo de quase quatro anos de processo, ela recebeu diversas mensagens de ódio e xingamentos feitos por fãs de Prior.

“Os fãs dele são muito virulentos. Minhas redes sociais chegavam a ter mais de 100 mensagens, todas de ataque, de ódio, me xingando com palavras machistas, me atacando no exercício da profissão. A minha imagem foi muito explorada. Mas isso faz parte do jogo né? A gente não tem medo de fanático”, contou.

Foto: arquivo pessoal
Maira recebeu ofensas pesadas de contas que apoiavam o ex-BBB, “vagabunda, bandida, pilantra, rata, nojenta, desgraçada, imunda, arrombada, merece o pior tipo de morte e safada”.

A defesa da vítima que acusa Prior ainda contou que os colegas homens que atuaram no caso não foram ofendidos como ela, já que o peso acaba sendo pior para as mulheres.

A moça que acusa Prior de estupro também foi atacada nas redes sociais, além de receber ameaças de fãs do ex-BBB, que acreditavam que a vítima estaria inventando a situação. “Muitas mensagens de ódio, perseguições, pessoas ameaçando não só a mim, mas as outras meninas também, falando que a gente estava atrás de fama. Eu estou em anonimato porque eu não quero ser marcada por essa história”, pontuou.

Felipe foi condenado e, atualmente, é réu em três outros casos de estupro em que é investigado entre os anos de 2015, 2016 e 2018. Caso seja condenado em todos os casos, Prior pode pegar 24 anos de prisão. “Acreditamos que ele pegue uma pena maior nesses outros casos. Se for na pena mínima, no mínimo, 24 anos de prisão, o que a gente tem plena convicção que vai acontecer. Essas vítimas, depois de tanto sofrimento, vão conseguir o mínimo da Justiça, porque essa dor nunca vai ser reparada.”

Por Correio24horas

Outras Notícias