Flávio Bolsonaro terá quase R$ 500 mil mensais para contratar comissionados

foto: Divulgação
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Escolhido nesta quarta-feira, 6, para a Terceira-Secretaria da Mesa do Senado, Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) terá quase R$ 500 mil por mês em verba para contratar funcionários. O valor inclui a soma da estrutura oferecida pelo cargo na direção da Casa e no seu gabinete.

Como senador eleito, o filho do presidente Jair Bolsonaro já possui, desde o início do mandato, aproximadamente R$ 217 mil mensais disponíveis para contratação de funcionários em seu gabinete. Esse valor é a soma total de salários de 12 cargos comissionados à disposição do parlamentar. Pelas regras da Casa, no entanto, ele pode redistribuir um montante um pouco menor, R$ 213 mil, em até 50 vezes, ou seja, até 50 funcionários.

Como foi escolhido para ocupar também a Terceira-Secretaria nesta quarta-feira, Flavio Bolsonaro terá à disposição, a partir de agora, outros R$ 239.345,7 em verba para contratação de assessores parlamentares e auxiliares. Esse total é a soma dos salários de 13 funcionários, sendo que seis deles podem receber salários de, aproximadamente, R$ 21 mil cada e outros seis de R$ 17 mil. Há ainda um 13º cargo com remuneração de R$ 4.304,46.

No total, juntando a verba de gabinete com a da Terceira-Secretaria, serão R$ 456.735,64 em despesas disponíveis para salários. O que justificaria esses benefícios é a nova função do parlamentar. Pelo regimento interno, no novo cargo, Flavio precisará de toda essa estrutura para “fazer a chamada dos senadores, contar os votos, em verificação de votação”, além de “auxiliar o Presidente na apuração das eleições, anotando os nomes dos votados e organizando as listas respectivas”.

Desde o fim do ano passado, Flávio passou a ser alvo de questionamentos após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar movimentação financeira atípica do ex-assessor Fabrício Queiroz. O órgão também identificou que ele recebeu 48 depósitos de R$ 2 mil em dinheiro em sua conta pessoal no intervalo de um mês em 2017, quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo o relatório do Coaf, as transações, que somaram R$ 96 mil, foram feitas no caixa eletrônico da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro entre junho e julho daquele ano. A suspeita é de que funcionários do gabinete de Flavio devolviam parte dos salários, numa operação conhecida como “rachadinha”.

Fonte: Estadão

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