Folheteiro é homenageado com selo dos Correios em Feira de Santana

Jurivaldo Alves da Silva é autor de pouco mais de 40 livretos.
Jurivaldo Alves da Silva é autor de pouco mais de 40 livretos.
            Jurivaldo Alves da Silva é autor de pouco mais de 40 livretos.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos homenageou o folheteiro Jurivaldo Alves da Silva com um selo de uma das suas obras. A capa do cordel “A seca no meu sertão”, escrito em 2008, é um dos poucos livretos, se não o único, a receber tal reconhecimento. A xilogravura é de sua autoria, também.

“O selo vai aumentar consideravelmente o nosso campo de atuação, porque é uma homenagem que poucos receberam”, afirma o homenageado, autor de pouco mais de 40 livretos. “Quando passar dos 50 títulos posso ser chamado de cordelista”, declara Jurivaldo Silva, que sempre escreve com a filha, Patrícia Oliveira, e mantém uma banca no Mercado de Arte Popular (MAP) da cidade.

De acordo com o folheteiro, durante a Feira do Livro de 2016, organizada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e que tem o apoio da Prefeitura de Feira de Santana (PMFS), o professor de xilogravura Luiz Natividade perguntou a ele sobre a possibilidade de a capa de um dos seus folhetos ser copiada num selo, pelos Correios. “Escolhi este e já nem me lembrava mais”, pontua Jurivaldo Silva.

O homenageado declarou que foi pego de surpresa em no mês de janeiro, em Ilhéus, quando o professor Natividade lhe entregou uma folha de papel. “Eram os selos. Fui tomado de uma alegria muito grande”, ainda comemora o folheteiro. Ele estava na cidade do sul baiano participando do Festival da Cultura Popular de Casar.

“Não é uma homenagem a mim, mas à cultura nordestina”, comenta Jurivaldo Silva. Ele disse esperar que a homenagem abra muitas portas para que mostre a sua arte. “Como todo folheteiro, vou onde os eventos acontecem”, pontua o homenageado, que dentro de poucos dias ganha a estrada com destino a Paulo Afonso, onde a cultura do cangaço é forte. O cangaceiro Lampião é um personagem que ele retrata.

Nestas viagens Jurivaldo Silva leva uma colorida “mala do folheteiro”, criada por ele há cerca de cinco anos, com mais de 1,5 mil títulos. É só abrir a mala e começar as declamações.

Com informações da Secom/PMFS.

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