Gil e Caetano homenageiam o Tropicalismo no carnaval de Salvador

Gil abriu o show lembrando a importância de celebrar o Tropicalismo e a tradição musical (Foto: Carol Garcia/GOVBA)
Gil abriu o show lembrando a importância de celebrar o Tropicalismo e a tradição musical (Foto: Carol Garcia/GOVBA)
Gil abriu o show lembrando a importância de celebrar o Tropicalismo e a tradição musical (Foto: Carol Garcia/GOVBA)

Dois dos maiores ídolos da música brasileira, os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil, atraíram uma multidão ao Centro Histórico de Salvador, na noite de desta sexta-feira (24), terceiro dia de carnaval de Salvador. Com o tema 50 Anos do Tropicalismo, o carnaval do Pelourinho teve investimento do governo da Bahia. Um dos protagonistas do movimento cultural da década de 1960, Gilberto Gil, subiu ao palco por volta das 20h40, ao lado do também integrante do Tropicalismo, o músico e parceiro, Capinam.

Companheiro de Gil e também personagem do Tropicalismo, o cantor Caetano Veloso não estava programado, oficialmente, para a noite, por “não gostar de tocar no Carnaval”. Apesar disso, Caetano esteve no local e fez uma participação no show que abriu a noite – antes de Gilberto Gil – ao lado dos músicos Alexandre Leão, Cláudia Cunha e Moreno Veloso – filho de Caetano. O cantor tropicalista arrancou aplausos do público ao cantar Alegria Alegria, uma das músicas mais conhecidas da sua carreira e que marcou o início do Tropicalismo, em 1967.

“Eu agradeço muito pela parte que me toca, nem me organizei para tocar, mas vim. Dei uma passadinha porque eu adoro carnaval e tenho orgulho do Tropicalismo. Meu filho vai tocar e Gil vai cantar e pronto, tá perfeito”, disse Caetano, antes de subir ao palco.

Gilberto Gil também foi ovacionado pelo público baiano e visitantes de todo o mundo no maior ponto turístico de Salvador. Gil abriu o show lembrando a importância de celebrar o Tropicalismo e a tradição musical, puxando, em seguida, a canção Soy Loco Por Ti America, fruto da parceria Gil/Capinam e interpretada, primeiramente por Caetano Veloso. Dando continuidade ao repertório, Gil apresentou outras músicas, como Marginália II, Domingo no Parque e Toda Menina Baiana.

Após a participação de Gil, Moreno Veloso deu continuidade à apresentação, executando, ao lado de Cláudia Cunha, músicas em homenagem ao Olodum e ao Ilê Aiyê.

Ainda sobre o destaque do Tropicalismo no Carnaval do Pelourinho e a importância do movimento para a cultura brasileira, sobretudo na Bahia, Caetano Veloso também admitiu uma influência recíproca entre o carnaval e o movimento da Tropicália.

“Houve estímulo de muitas coisas no carnaval baiano, pelo ato dos tropicalistas. Mas não haveria tropicalismo se não houvesse o trio elétrico. A canção Atrás do Trio Elétrico, que é uma das primeiras canções tropicalistas, foi feita por causa do carnaval da Bahia e encorajou o uso da guitarra elétrica fora e dentro do carnaval”, disse Caetano, ao ser questionado sobre a influência do tropicalismo no carnaval de Salvador.

O restante da noite foi recheado de cultura e uma rápida chuva, ao som de projetos e bandas, entre elas, Carnaval Sinfônico, Orquestra Popular de Maragojipe, Retrofolia, Compassos & Serpentinas, Banda Marcato, Walmir Lima, Mestre Nélito e os Vendavais.

Sayonara Moreno – Correspondente da Agência Brasil

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