Governador manda apurar agressão denunciada por jornalista

Foto: Reprodução/ Facebook
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O governador Rui Costa, por meio de seu perfil no Facebook, se posicionou sobre a denúncia feita pelo jornalista Marivaldo Filho nesse domingo (5). “Determinei ao secretário de Segurança, Maurício Barbosa, e ao comandante da PM, coronel Anselmo Brandão, a apuração rigorosa dos acontecimentos noticiados pelo Bocão News, em que o editor de política do referido site, Marivaldo Filho, afirma ter sofrido violência por policiais militares no exercício de seu trabalho”, disse Rui.

Na publicação, Rui também destacou que o governo “atuará sempre para assegurar que a democracia seja vivida de forma plena, garantindo a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, o direito de o jornalista exercer sua profissão mediante qualquer situação. Não permitiremos em nosso estado intimidações, constrangimento e nenhum tipo de violência contra o profissional ou contra o cidadão que denuncie ato ilícito”.

Foto: Reprodução/ Facebook
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Entenda o caso – Marivaldo Filho, Editor de Política do site Bocão News, postou em sua página no facebook como aconteceu a agressão dos policiais militares. De acordo com ele, tudo começou quando o profissional pegou uma câmera para registrar a agressão física sofrida por um colega, após este ter colocado um copo de cerveja em cima do carro de um PM que estava à paisana, mas acompanhado do grupo fardado que conduziu a agressão.

“Na saída, presenciei agressões covardes de policiais militares a um amigo somente porque ele tinha colocado um copo de cerveja em cima do carro de um dos policiais que estava sem farda. Além de procurar desentendimento por um motivo tão banal , foi “auxiliado” pelos outros, fardados, que espancaram o rapaz sem nenhum motivo. Indignado com o que vi, resolvi tirar uma foto da viatura. Um dos policiais percebeu que fiz o registro e veio me questionar. Gritou e mandou eu apagar a foto. Respondi que não apagaria porque não tinha feito nada de errado. Ele perguntou se eu era advogado do rapaz agredido. Respondi que era jornalista. Foi a senha para o terror começar”, descreveu Marivaldo.

De acordo com o jornalista, os policiais lhe deram voz de prisão por desacato e desobediência e, em seguida, desferiram diversos socos na cabeça antes de colocarem ele na viatura, de forma agressiva. “Já atordoado, o policial devolveu meu celular para que desbloqueasse e ele pudesse apagar a bendita foto. Por ter tomado muitos socos, não conseguia acertar a minha senha, completamente baqueado com os murros. Insatisfeito por eu não estar conseguindo acertar a senha, o policial pegou um objeto do chão (que acredito que tenha sido uma pedra) e socou com o objeto pontiagudo em minha cabeça, provocando um ferimento que resultou em oito pontos. Vi meus amigos chorando, sofrendo comigo, impotentes. Depois de, enfim, conseguir colocar a minha senha e dar o celular para ele apagar a foto, fui algemado e colocado na viatura. Fui conduzido de forma desumana à UPA do bairro de Roma e, apesar de passar a vergonha de entrar na unidade algemado e agredido porque resolvi registrar a brutalidade dos PMs, fui muito bem atendido”.

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