Governo cubano exige retorno de médicos

. "O governo deve estimular os médicos brasileiros a ocupar os rincões oferecendo boas condições de trabalho", afirmou o presidente do Sindmed (Foto Ilustração)
. "O governo deve estimular os médicos brasileiros a ocupar os rincões oferecendo boas condições de trabalho", afirmou o presidente do Sindmed (Foto Ilustração)
. "O governo deve estimular os médicos brasileiros a ocupar os rincões oferecendo boas condições de trabalho", afirmou o presidente do Sindmed (Foto Ilustração)
. “O governo deve estimular os médicos brasileiros a ocupar os rincões oferecendo boas condições de trabalho”, afirmou o presidente do Sindimed (Foto Ilustração)

Após três anos de atuação do programa Mais Médicos, do governo federal, o governo cubano decidiu exigir o retorno de seus profissionais que estão no Brasil desde o início do programa. Cerca de 20% de um total de 11.429 de médicos dessa nacionalidade deverão regressar após a realização dos Jogos Olímpicos e das eleições municipais. Na Bahia há, atualmente, 1.064 médicos cubanos, o que corresponde a 9,3% do total de cubanos que atuam no Brasil. No estado, eles estão distribuídos em 368 municípios e nove polos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).

Na opinião do representante da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) no Programa Mais Médicos, Ângelo Castro Lima, embora os cubanos sejam maioria no estado, a decisão do governo de Cuba não altera o andamento do programa federal na Bahia. “Tudo vai continuar como está. O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde já aprovaram a substituição dos médicos, então a população não vai ficar sem assistência. Vamos trabalhar dentro da normalidade”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA), Francisco Magalhães, espera que, com a saída dos médicos cubanos, os profissionais brasileiros sejam priorizados. “O governo deve estimular os médicos brasileiros a ocupar os rincões oferecendo boas condições de trabalho”, afirmou. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) – entidade que intermedia o convênio entre Brasil e Cuba -, os profissionais serão substituídos a partir de novembro. O Ministério da Saúde também assegura que “não haverá desassistência nos municípios que participam da iniciativa”.

A decisão de não permitir a prorrogação dos contratos, de acordo com representantes de entidades médicas, é uma tentativa do governo cubano de pressionar o MS a reajustar os valores pagos pelo governo brasileiro. O MS, por sua vez, afirma que pretende aproveitar da determinação para preparar novo edital e incentivar brasileiros a ocuparem vagas em cidades mais distantes.

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