Guaidó critica Maduro por ‘mandar queimar’ ajuda e apela a militares para romperem com governo

Líder opositor Juan Guaidó sobe em caminhão de ajuda internacional, barrado na fronteira com a Colômbia Foto: GUILLERMO MUNOZ / AFP
Oposição e chefes de Estado críticos a Maduro articulam entrega de ajuda humanitária para ajudar população e sensibilizar militares a romperem com o líder bolivariano Foto: GUILLERMO MUNOZ / AFP
Oposição e chefes de Estado críticos a Maduro articulam entrega de ajuda humanitária para ajudar população e sensibilizar militares a romperem com o líder bolivariano Foto: GUILLERMO MUNOZ / AFP
Agentes lançam gás lacrimogêneo contra pessoas em Santa Elena, na Venezuela; grupos armados deixaram quatro mortos e mais de 20 feridos perto da fronteira com o Brasil Foto: SOCIAL MEDIA 22-02-2019 / IVAN DE JESUS YANEZ
Agentes lançam gás lacrimogêneo contra pessoas em Santa Elena, na Venezuela; grupos armados deixaram quatro mortos e mais de 20 feridos perto da fronteira com o Brasil Foto: SOCIAL MEDIA 22-02-2019 / IVAN DE JESUS YANEZ
Dois soldados venezuelanos se deitam no chão ao se entregarem à polícia colombiana em Cúcuta, após atravessarem a ponte Simón Bolívar em blindados; 23 militares desertaram Foto: SCHNEYDER MENDOZA / AFP
Dois soldados venezuelanos se deitam no chão ao se entregarem à polícia colombiana em Cúcuta, após atravessarem a ponte Simón Bolívar em blindados; 23 militares desertaram Foto: SCHNEYDER MENDOZA / AFP
Ernesto Araújo acompanhou operação de ajuda em Pacaraima, Roraima, ao lado da 'embaixadora' de Guaidó no Brasil, Maria Teresa Belandría. Chanceler apontou 'momento decisivo' para transição no país vizinho Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Ernesto Araújo acompanhou operação de ajuda em Pacaraima, Roraima, ao lado da 'embaixadora' de Guaidó no Brasil, Maria Teresa Belandría. Chanceler apontou 'momento decisivo' para transição no país vizinho Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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Voluntários tentam salvar produtos em caminhões de ajuda internacional incendiado por militares pró-Maduro em Cúcuta, na fronteira entre Colômbia e Venezuela Foto: MARCO BELLO / REUTERS
Voluntários tentam salvar produtos em caminhões de ajuda internacional incendiado por militares pró-Maduro em Cúcuta, na fronteira entre Colômbia e Venezuela Foto: MARCO BELLO / REUTERS
Camionetes provenientes de Colômbia e Brasil chegaram a solo venezuelano, mas não passaram de controle fronteiriço cercado por militares Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Camionetes provenientes de Colômbia e Brasil chegaram a solo venezuelano, mas não passaram de controle fronteiriço cercado por militares Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Em ato em Caracas, Maduro exalta resistência contra o que considera ser tentativa de intervenção estrangeira e rompe relações com Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP
Em ato em Caracas, Maduro exalta resistência contra o que considera ser tentativa de intervenção estrangeira e rompe relações com Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP
Apoiadores da oposição fazem marcha em Caracas contra Maduro Foto: CRISTIAN HERNANDEZ / AFP
Apoiadores da oposição fazem marcha em Caracas contra Maduro Foto: CRISTIAN HERNANDEZ / AFP
Membros da Guarda Nacional bloqueiam fronteira com a Colômbia; divisas tiveram segurança reforçada Foto: JUAN BARRETO / AFP
Membros da Guarda Nacional bloqueiam fronteira com a Colômbia; divisas tiveram segurança reforçada Foto: JUAN BARRETO / AFP
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Manifestantes entram em confronto com militares na fronteira com a Colômbia, em Ureña Foto: ANDRES MARTINEZ CASARES / REUTERS
Manifestantes entram em confronto com militares na fronteira com a Colômbia, em Ureña Foto: ANDRES MARTINEZ CASARES / REUTERS
Em Ureña, manifestantes tentam atravessar a fronteira e são reprimidos Foto: JUAN BARRETO / AFP
Em Ureña, manifestantes tentam atravessar a fronteira e são reprimidos Foto: JUAN BARRETO / AFP
Manifestantes e agentes lançam pedras uns contra os outros na fronteira entre Venezuela e Brasil; posto militar foi incendiado Foto: RICARDO MORAES 23-02-2019 / REUTERS
Líder opositor Juan Guaidó sobe em caminhão de ajuda internacional, barrado na fronteira com a Colômbia Foto: GUILLERMO MUNOZ / AFP Oposição e chefes de Estado críticos a Maduro articulam entrega de ajuda humanitária para ajudar população e sensibilizar militares a romperem com o líder bolivariano Foto: GUILLERMO MUNOZ / AFP Oposição e chefes de Estado críticos a Maduro articulam entrega de ajuda humanitária para ajudar população e sensibilizar militares a romperem com o líder bolivariano Foto: GUILLERMO MUNOZ / AFP Agentes lançam gás lacrimogêneo contra pessoas em Santa Elena, na Venezuela; grupos armados deixaram quatro mortos e mais de 20 feridos perto da fronteira com o Brasil Foto: SOCIAL MEDIA 22-02-2019 / IVAN DE JESUS YANEZ Agentes lançam gás lacrimogêneo contra pessoas em Santa Elena, na Venezuela; grupos armados deixaram quatro mortos e mais de 20 feridos perto da fronteira com o Brasil Foto: SOCIAL MEDIA 22-02-2019 / IVAN DE JESUS YANEZ Dois soldados venezuelanos se deitam no chão ao se entregarem à polícia colombiana em Cúcuta, após atravessarem a ponte Simón Bolívar em blindados; 23 militares desertaram Foto: SCHNEYDER MENDOZA / AFP Dois soldados venezuelanos se deitam no chão ao se entregarem à polícia colombiana em Cúcuta, após atravessarem a ponte Simón Bolívar em blindados; 23 militares desertaram Foto: SCHNEYDER MENDOZA / AFP Ernesto Araújo acompanhou operação de ajuda em Pacaraima, Roraima, ao lado da 'embaixadora' de Guaidó no Brasil, Maria Teresa Belandría. Chanceler apontou 'momento decisivo' para transição no país vizinho Foto: NELSON ALMEIDA / AFP Ernesto Araújo acompanhou operação de ajuda em Pacaraima, Roraima, ao lado da 'embaixadora' de Guaidó no Brasil, Maria Teresa Belandría. Chanceler apontou 'momento decisivo' para transição no país vizinho Foto: NELSON ALMEIDA / AFP PUBLICIDADE Voluntários tentam salvar produtos em caminhões de ajuda internacional incendiado por militares pró-Maduro em Cúcuta, na fronteira entre Colômbia e Venezuela Foto: MARCO BELLO / REUTERS Voluntários tentam salvar produtos em caminhões de ajuda internacional incendiado por militares pró-Maduro em Cúcuta, na fronteira entre Colômbia e Venezuela Foto: MARCO BELLO / REUTERS Camionetes provenientes de Colômbia e Brasil chegaram a solo venezuelano, mas não passaram de controle fronteiriço cercado por militares Foto: NELSON ALMEIDA / AFP Camionetes provenientes de Colômbia e Brasil chegaram a solo venezuelano, mas não passaram de controle fronteiriço cercado por militares Foto: NELSON ALMEIDA / AFP Em ato em Caracas, Maduro exalta resistência contra o que considera ser tentativa de intervenção estrangeira e rompe relações com Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP Em ato em Caracas, Maduro exalta resistência contra o que considera ser tentativa de intervenção estrangeira e rompe relações com Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP Apoiadores da oposição fazem marcha em Caracas contra Maduro Foto: CRISTIAN HERNANDEZ / AFP Apoiadores da oposição fazem marcha em Caracas contra Maduro Foto: CRISTIAN HERNANDEZ / AFP Membros da Guarda Nacional bloqueiam fronteira com a Colômbia; divisas tiveram segurança reforçada Foto: JUAN BARRETO / AFP Membros da Guarda Nacional bloqueiam fronteira com a Colômbia; divisas tiveram segurança reforçada Foto: JUAN BARRETO / AFP PUBLICIDADE Manifestantes entram em confronto com militares na fronteira com a Colômbia, em Ureña Foto: ANDRES MARTINEZ CASARES / REUTERS Manifestantes entram em confronto com militares na fronteira com a Colômbia, em Ureña Foto: ANDRES MARTINEZ CASARES / REUTERS Em Ureña, manifestantes tentam atravessar a fronteira e são reprimidos Foto: JUAN BARRETO / AFP Em Ureña, manifestantes tentam atravessar a fronteira e são reprimidos Foto: JUAN BARRETO / AFP Manifestantes e agentes lançam pedras uns contra os outros na fronteira entre Venezuela e Brasil; posto militar foi incendiado Foto: RICARDO MORAES 23-02-2019 / REUTERS
Líder opositor Juan Guaidó condena violência em operação de ajuda ao lado do líder colombiano, Iván Duque, e do secretário-geral da OEA, Luis Almagro Foto: LUISA GONZALEZ 23-02-2019 / REUTERS

O autoproclamado presidente interino Juan Guaidó criticou o líder bolivariano, Nicolás Maduro, por “mandar queimar” alimentos e medicamentos que a oposição tentou ingressar neste sábado na Venezuela pela fronteira com a Colômbia. Em pronunciamento ao lado do presidente colombiano, Iván Duque, e do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, o líder opositor disse que o mundo viu “a pior cara do regime” de Caracas e reiterou o apelo a militares.

Data marcada pela oposição para o início da operação de entrada de ajuda internacional, o dia “D” da Venezuela ficou marcado pela repressão a manifestantes e pelas deserções de militares antes fiéis a Nicolás Maduro. Os caminhões da ajuda internacional entraram em solo venezuelano, mas não passaram dos postos fronteiriços venezuelanos cercados das forças de segurança de Maduro. Segundo a oposição, policiais atearam fogo contra os produtos na ponte Francisco de Paula Santander, um dos quatro acessos da Colômbia à Venezuela.

— Mandaram queimar a comida tão necessária (para o povo). Vocês (os militares) não devem lealdade a alguém que queima comida na frente de famintos. Nós vimos um homem (Maduro) queimar medicamentos na frente de enfermos. Quantos guardas do Exército têm suas mães enfermas? Quantos não têm filhos em colégios sem comida? Não devem obediência a quem, com sadismo, celebra que a ajuda humanitária não entrou no país — ressaltou Guaidó, que foi a Cúcuta na sexta-feira acompanhar a operação.

Segundo o líder opositor, os produtos enviados neste sábado às fronteiras de Brasil e Colômbia não são “um centésimo” do que a Venezuela precisa. A oposição aposta na operação de ajuda internacional para sensibilizar membros das Forças Armadas, que hoje sustentam Maduro no poder em Caracas. Mais de 60 funcionários do governo, militares e civis, romperam com o governo neste sábado. Segundo o líder opositor, a mensagem dos oficiais foi clara: “80% das Forças Armadas rechaçam Maduro”.

Guaidó denunciou que “grupos irregulares atuaram de forma inescrupulosa” em massacres e perseguições perto da fronteira. Pelo menos quatro pessoas morreram na cidade venezuelana de Santa Elena, perto da fronteira com o Brasil, e mais de 20 ficaram feridas a bala por coletivos armados pelo governo. O governo colombiano informou que 285 pessoas saíram lesionadas de confrontos nas divisas dos países.

— Viram a pior cara desse regime. Houve perseguição, massacre. O que acontece há anos lamentavelmente aconteceu em minutos, horas — destacou Guaidó no discurso, ao apelar que militares ajudem a cessar a usurpação do poder e conduzir o país a eleições livres. — Não vai ser em vão esse sacrifício, não será em vão a causa da liberdade.

Líder opositor Juan Guaidó sobe em caminhão de ajuda internacional, barrado na fronteira com a Colômbia Foto: GUILLERMO MUNOZ / AFP

O líder opositor anunciou que participará na segunda-feira de uma reunião do Grupo Lima, grupo de 14 países do continente que discute a crise da Venezuela. Ele não mencionou qualquer data ou indicação para a efetiva realização de eleições livres no país, como determina a Constituição que ele fizesse após 30 dias de interinidade na Presidência.

Ao lado de Guaidó, o líder colombiano, Iván Duque, explicou que o bloco debaterá os acontecimentos deste sábado e os próximos passos no conflito, incluindo “reprovar a barbárie e a violência” nas fronteiras.

— O mundo pôde ver como hoje foram queimados alimentos e medicamentos que poderiam salvar vidas na Venezuela — denunciou Duque. — Hoje vimos como a repressão tentou impedir de todas as formas possíveis que chegasse a ajuda humanitária, e essa deve ser a oportunidade para que todo o mundo se una e diga que a ditadura na Venezuela já chega.

 

 

Maduro ‘condenou povo’, diz chefe da OEA

Duque apontou que ordenou a retirada dos caminhões e dos manifestantes das pontes de fronteira “para evitar novas agressões”. Para ele, este sábado representou a “derrota moral” do regime de Maduro.

— (Maduro) Hoje teve sua derrota moral, sua derrota diplomática. Creio que já ficou suficientemente claro para o mundo que, por mais que ocorra violência, a Venezuela vai recuperar sua liberdade com a força das ideias e mobilização de todo o país — disse.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, fez coro aos colegas na condenação da violência do regime e ressaltou que “faltou senso ao usurpador”, que, segundo ele, “condenou seu povo a mais fome a mais enfermidade”.

Pelo Twitter, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, condenou a violência de “matadores” de Maduro e prometeu “tomar ações” para apoiar a democracia no país.

“Estados Unidos tomarão ações contra aqueles que se opuserem ao restabelecimento pacífico da democracia na Venezuela. Agora é o momento de atuar para apoiar as necessidades do desesperado povo venezuelano”, escreveu Pompeo no Twitter.

Entre os mortos pelos grupos armados pró-governo, neste sábado, estava um adolescente de 14 anos. Um barco que zarpou de Porto Rico rumo à Venezuela com 300 toneladas de ajuda retrocedeu depois de receber ameaças de fogo por parte da Marinha venezuelana.

“Que tipo de tirano doente evita que a comida chegue ao povo faminto? As imagens de caminhões cheios de ajuda queimando são repugnantes”, destacou Pompeo.

Fonte: O Globo

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