Hospital da Ufba fará procedimentos para mudar sexo

No ano passado, foram feitos 3.440 procedimentos de transexualização em todo o país (Foto : Reprodução / Espaço Fábio Guedes)
No ano passado, foram feitos 3.440 procedimentos de transexualização em todo o país (Foto : Reprodução / Espaço Fábio Guedes)

Em processo de habilitação pelo Ministério da Saúde, o o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) – unidade da Universidade Federal da Bahia (Ufba) – terá o primeiro ambulatório transexualizador na Bahia – para procedimento de mudança de sexo – de homem para mulher e vice-versa. Segundo a endocrinologista Luciana Barros, há alguns anos a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) tenta implantar o serviço no hospital, mas só em 2014 retomou o projeto.

“Não há serviços de atenção no processo transexualizador na Bahia, nem na rede privada. Alguns pacientes são atendidos em outros estados, mas são poucos credenciados para atendimento pelo SUS”, diz a médica, que integra o Comitê Técnico de Saúde LGBT do Estado da Bahia. O Hupes já capacita pessoal e ela estima que o atendimento inicie em outubro. “Aguardamos o parecer do ministério”, explica.

De acordo com o A Tarde, o agendamento será realizado no Hupes pelo Sistema Vida, da Prefeitura de Salvador, ou pessoalmente, no guichê da instituição. Para moradores de outros municípios, no dia do primeiro atendimento a assistente social fará o acolhimento e encaminhará o indivíduo para uma avaliação com psiquiatra ou psicólogo, caso não tenha avaliação prévia de outro serviço. Questionada a respeito dos procedimentos que serão feitos no ambulatório, a médica respondeu que os pacientes serão atendidos pela equipe de endocrinologia, psiquiatria, psicologia e terão acompanhamento clínico.

“As pessoas que tiverem interesse em procedimentos cirúrgicos serão encaminhadas aos serviços específicos, a depender da intervenção cirúrgica necessária, sempre respeitando uma fila. Devemos oferecer todos os procedimentos cirúrgicos previstos na portaria do Ministério da Saúde”, espera Luciana Barros. Ela conclui informando que a previsão inicial é atender 100 pacientes. “A população LGBT necessita de atenção integral à saúde”. O ambulatório funcionará no 2º pavimento do prédio de ambulatórios Magalhães Neto, Ala 2 do Hupes.

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