Inscrições para projeto ‘Terreiros Criativos’ começam em Cachoeira

Cachoeira e São Félix (Foto: Carlos Augusto/Guto Jads)
Cachoeira e São Félix (Foto: Carlos Augusto/Guto Jads)
Cachoeira e São Félix (Foto: Carlos Augusto/Guto Jads)

Até a sexta-feira (13), serão realizadas as inscrições para o projeto ‘Terreiros Criativos’ que beneficia 10 terreiros de candomblé de Cachoeira e São Félix, no Recôncavo baiano, além de condutores, guias de turismo e profissionais que trabalham com cultura na região. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas das 8 às 12, e das 14 às 17h, na sede da Fundação Hansen Bahia, na Rua Treze de Maio, n°197-373, em Cachoeira.

A iniciativa conta com patrocínio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur) e apoio da Secretaria de Cultura (Secult, por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). O projeto integra o Programa de Fomento e Valorização dos Terreiros Patrimonializados e trabalha com três eixos – educação (capacitação), turismo (sinalização) e comunicação (informação e impressos). A concepção e desenvolvimento têm foco na Economia Criativa voltada à cultura.

As 40 vagas oferecidas são distribuídas para integrantes dos 10 terreiros de candomblé registrados como Patrimônios Culturais (20) e da Associação dos Guias e Condutores de Turismo do Vale do Paraguaçu (10), e as demais para promotores de turismo e cultura da região. “O projeto é inédito e inovador na Bahia, já que ainda não se tinha implantado programa de política pública continuada para beneficiar terreiros tombados ou registrados pelo Estado”, afirma o diretor do Ipac, João Carlos de Oliveira.

Segundo ele, os terreiros serão capacitados para ações de receptividade, aprimoramento de conhecimentos das culturas de matriz africana, educação e preservação patrimonial. O Ipac foi responsável pela pesquisa e parecer que tornaram os terreiros bens culturais da Bahia. Mais informações estão disponíveis pelos telefones da Actup (75) 98245.1045 e (71) 99154-5965.

Módulos

O curso terá duração de 80 horas distribuídas em três módulos por período de três meses – ‘Histórias do Brasil e da África’, ‘Turismo e Patrimônio Cultural’ e ‘Vivência e Roteirização’, respectivamente, como informa o presidente da Actup, que coordenada o projeto, Alexssandro Simão (SandroGuia).

Os 10 terreiros participantes são o ‘Aganjú Didê’ (conhecido como ‘Ici Mimó’), ‘Viva Deus’, ‘Lobanekum’, ‘Lobanekum Filha’, ‘Ogodó Dey’, ‘Ilê Axé Itayle’, ‘Humpame Ayono Huntóloji’ e ‘Dendezeiro Incossi Mukumbi’, em Cachoeira, além de ‘Raiz de Ayrá’ e ‘Ile Axé Ogunjá’ em São Félix. Módulos sobre os monumentos históricos, história do Recôncavo, conceitos sobre arquitetura colonial e roteirização turística, complementam a programação.

A Actup prospecta sempre parcerias com organismos como Setur, Secult e Ipac, além de agências de turismo, prefeituras e empresas privadas. “Buscamos desenvolver a cultura e o turismo na região, visando a geração de empregos e renda para a população local e qualificar a recepção dos turistas que visitam a nossa terra”, diz Simão. Na última etapa do trabalho, os terreiros ganham sinalização com identificação da historicidade, arquitetura e ‘nação’ a que pertencem, todos em três idiomas (português, inglês e espanhol). O sistema de sinalização obedecerá regras de padrões internacionais.

As informações são do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural

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